De acordo com o site DigiTimes, com a queda nas vendas de TVs e smartphones, a Sony deve diminuir a comercialização de produtos com baixas margens de lucros e, assim, ajustar sua política de terceirização de produção, o que deve afetar fabricantes taiwanesas como Foxconn Electronics, TPV Technology e Arima Communications.
A companhia japonesa espera gerar entre 900 bilhões de ienes e 1 trilhão de ienes (R$ 23,8 bilhões a R$ 26,4 bilhões) no ano fiscal de 2017/2018, menos que os 1,32 trilhão de ienes (R$ 34,9 bilhões) previstos para o atual ano fiscal, que se encerra no final do mês. No entanto, a margem de lucro operacional deve melhorar entre 3% e 5%, contra a queda de 16,3% prevista para o presente ano.
No setor de entretenimento doméstico e negócios de áudio, as vendas previstas são de 1 trilhão de ienes a 1,1 trilhão de ienes (R$ 26,4 bilhões a R$ 29 bilhões) para o ano fiscal de 2017/2018, contra os 1,2 trilhão de ienes (R$ 31,7 bilhões) de 2014/2015. A margem operacional deve subir para 2% a 4%, contra o 1,1% atual.
Focando em produtos "premium"
A Sony tem terceirizado a produção de TVs de LCD e smartphones de entrada, enquanto fabrica produtos topo de linha em suas próprias linhas de montagem. A redução das vendas de dispositivos de menor margem significa, então, menos pedidos para fabricantes taiwanesas.
A Sony praticamente não fez pedidos de televisão para a Foxconn na primeira metade de 2015, comparados com os milhões de unidades de anos anteriores, e também vai pedir apenas 1 ou 2 milhões de TVs para TPV. Além disso, os pedidos de smartphones de entrada e de nível médio para a Arima devem ser reduzidos.
No entanto, nem tudo é notícia ruim, pelo menos para a Foxconn. De acordo com a mesma DigiTimes, a Sony estaria querendo aumentar a produção de TVs de LCD para o mercado indiano, o que pode fazer a companhia taiwanesa abrir uma linha de montagem na ex-colônia inglesa. Por lá, a Sony disputa o mercado palmo a palmo com a Samsung e pode até ultrapassá-la em 2015.
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