(Fonte da imagem: Divulgação/Sony)
Já não era nenhuma surpresa que a Sony passava por dificuldades financeiras, mas o último relatório financeiro divulgado pela companhia japonesa surpreendeu até os mais pessimistas. De acordo com o documento, a empresa espera uma perda operacional anual de US$ 1,1 bilhão no ano fiscal, que acaba em março de 2014. Esse valor é obtido quando a receita total gerada pela companhia é menor que gastos e perdas no mesmo período.
O relatório fica ainda mais pessimista ao compararmos o resultado divulgado com a antiga previsão do CEO Kaz Hirai, cuja meta era lucro de até US$ 295 milhões. Por isso, o executivo anunciou uma verdadeira revolução para reestruturar e reerguer a companhia.
A primeira parte do plano de recuperação é demitir 5 mil funcionários (1,5 mil deles de fábricas e escritórios no Japão) e cortar em até US$ 988 milhões o orçamento destinado a gastos. Para economizar, a receita operacional da empresa deve ser metade do valor do ano passado, mas a meta de vendas continua a mesma, já que a ideia é lucrar o máximo possível para recuperar dinheiro.
Outra ação imediata será "ampliar agressivamente o processo de seleção e foco implementados na indústria de eletrônicos da Sony", o que significa que cada produto a ser lançado será cuidadosamente estudado antes de ver a luz do dia – e que linhas que não estiverem bem em vendas poderão ser cortadas sem dó.
Games e gadgets estão bem
O plano de reestruturação anunciado pela Sony, que vai modificar o mercado de PCs e TVs da empresa, não deve impactar diretamente a área de games. Isso porque essa divisão registrou um aumento anual de 64,6%, graças ao lançamento do PlayStation 4. O console vendeu mais de 4,2 milhões de unidades só nas primeiras seis semanas de comercialização, enquanto 9,7 milhões de games foram vendidos no mesmo período. Ainda assim, isso não é o suficiente para salvar toda a fabricante.
(Fonte da imagem: Reprodução/Sony)
O mesmo é aplicado à divisão mobile, que fecha o ano fiscal com lucro de 44,8%, apesar de ter registrado uma leve queda em vendas no último quadrimestre de 2013. Com a venda do setor de PCs e a separação das TVs em outra companhia, a Sony deve focar ainda mais em tablets e smartphones a partir deste ano.
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