(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Apesar de na última década o grafeno ter surgido como um material essencial para o futuro da indústria dos eletrônicos, as pesquisas que pretendem utilizá-lo em escala industrial ainda sofrem com algumas restrições. Entre elas está conseguir controlar as propriedades do elemento de forma a poder adaptá-lo a padrões viáveis para grandes empresas.
O principal problema enfrentado por pesquisadores é o fato de que a condutividade elétrica do grafeno é simplesmente boa demais. O material pode enviar informações 100 vezes mais rápido que o silício, o que, aliado com sua grande resistência física e versatilidade, o torna ideal para diversos processos de fabricação.
No entanto, antes que isso aconteça, é preciso encontrar meios de diminuir a condutividade elétrica do material, mesmo que somente por alguns instantes. Pesquisadores do Berkeley National Laboraty descobriram que um dos motivos causadores disso é a tendência que o material tem a gerar pequenas ondulações quando duas camadas dele são unidas — situação que atrapalha os esforços de pesquisadores de todo o mundo.
Detalhe que faz toda a diferença
Essas pequenas ondulações, que podem apresentar inclinações de somente 0,1 graus possuem um impacto muito grande sobre as propriedades elétricas do grafeno. Estudos feitos com o auxílio de espectrogramas mostram que isso estava fazendo com que elétrons de comportassem como prótons, o que inutilizava tentativas de limitar a condutividade elétrica do material.
(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Os pesquisadores responsáveis pela descoberta acreditam que o novo conhecimento vai ajudá-los a criar processos de fabricação mais precisos que evitem que esse problema ocorra. No entanto, eles são realistas ao afirmar que isso não vai ser algo exatamente fácil, já que desvios na ordem atômica podem fazer com que o elemento deixe de se comportar conforme o desejado.
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