Levando em consideração que a Sony é, além de uma das maiores fabricantes de produtos tecnológicos do mundo, um dos principais estúdios cinematográficos, sempre me perguntei se seus filmes — e demais materiais relacionados — usavam equipamentos próprios. Sim, trata-se de uma questão bem estúpida, mas fica muito pertinente quando você descobre que não.
Para divulgar o lançamento do Blu-ray e DVD de “O Espetacular Homem-Aranha” no Reino Unido, a empresa trouxe um pequeno vídeo em que a estrela do Parkour Axel Dupre se transforma em Peter Parker e escala prédios e demais construções e elementos urbanos da capital inglesa. Tudo muito bonito, divertido e interessante, exceto por um fato curioso encontrado na descrição do comercial.
Como notado pelo site Pocket Lint, a Sony decidiu especificar quais equipamentos foram utilizados para a criação da peça publicitária. No entanto, quem esperava encontrar alguma das câmeras da Sony teve uma grande surpresa ao ver que todas as cenas foram capturas com máquinas de concorrentes, como a HD Hero2 da GoPro, a Canon EOS 7D e a EOS 5D Mark II.
Como se não bastasse, a descrição do vídeo no YouTube ainda trazia um link para o site da GoPro — algo que já foi retirado da página —, o que deixou a situação inteira bem estranha.
Serviço terceirizado
Antes que você pense que a utilização do material da concorrência seja a prova de que nem mesmo a Sony confia em seus produtos, saiba que há uma razão para toda essa bagunça. Embora o vídeo promocional de “O Espetacular Homem-Aranha” esteja disponível dentro do canal da Sony, a empresa não foi responsável por sua produção, uma vez que esse serviço é terceirizado.
Como pode ser visto em sua própria descrição, a propaganda foi feita pelo estúdio Infinity Wisdow, que optou por máquinas da Canon e da GoPro em vez da linha de Action Cameras da Sony. A elogiada linha NEX e a DSLR A99 também forma ignoradas.
Na verdade, a escolha do equipamento até não chega a ser nenhum absurdo em todo o caso. O que realmente surpreendeu muita gente foi o fato de a Sony — ou a empresa responsável por atualizar o canal da companhia no YouTube — pisar na bola de tal maneira ao levar o consumidor para a página de uma de suas rivais. Será que temos uma nova vaga em aberto no setor?
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