Pesquisadores do Sony Computer Science Laboratory apresentam na última quinta-feira (12 de maio), um novo conceito de telepresença na forma de uma cabeça flutuante. O dispositivo, cujas especificações técnicas não foram reveladas, é constituído por uma tela que mostra o rosto de uma pessoa, permitindo que ela observe de forma remota tudo o que acontece em outros ambientes.
O processo acontece em duas etapas: o usuário que tem seu rosto exibido fica localizado em um computador, e tem sua imagem captada por uma webcam normal. Além de transmitir o vídeo em tempo real através de uma tela, a cabeça voadora também possui uma câmera própria que envia imagens de volta para o usuário.
A invenção também vem equipada com caixas de som e microfones que permitem a comunicação remota com pessoas localizadas na área ou com outros aparelhos semelhantes. Como resultado, o usuário da novidade tem a sensação de estar em dois lugares ao mesmo tempo, podendo se comunicar com outras pessoas e visitar diversos locais sem sair de casa.
Comunicação por telepresença
Segundo o responsável pelo projeto, Tobita Hiroaki, o caráter bizarro do experimento não passou despercebido por ele e seus colegas. O pesquisador afirmou que a impressão geral de conversar com uma imagem flutuante de outra pessoa é muito estranha, e que todos que puderam conferir a novidade demoraram a se acostumar.
(Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist)
Mais do que espantar colegas de trabalho, a invenção tem como objetivo tornar o conceito de telepresença uma realidade cotidiana. Entre os objetivos da equipe está possibilitar que um médico examine um paciente localizado há centenas de quilômetros de distância ou que uma pessoa gerencie um ambiente de trabalho sem sair de casa – isso só para citar alguns exemplos simples de como a tecnologia poderá ser aplicada.
Hiroaki afirma que o projeto ainda está em uma fase bastante inicial de desenvolvimento, e que o aparelho ainda possui diversos problemas de movimentação. Segundo ele, a próxima etapa do experimento terá como foco a análise de como as pessoas respondem ao objeto, e não descarta a possibilidade de usar uma versão menor do aparelho, que exiba a cabeça do usuário em proporções menores.