O CEO do Telegram, Pavel Durov, comentou as recentes mudanças nos termos de serviço do mensageiro. O executivo tentou explicar que o aplicativo, na verdade, continuará operando praticamente da mesma forma mesmo com as alterações.
Em seu canal no Telegram, Durov, alega que as novas políticas do serviço não foram tão grandes quanto pareciam e significam "poucas mudanças na realidade". Segundo ele, tudo o que o serviço fez foi unificar e padronizar a forma de responder à solicitação de autoridades de diferentes países.
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"Desde 2018, o Telegram tem sido capaz de entregar endereços de IP e números de telefone de criminosos para as autoridades, de acordo com a nossa Política de Privacidade em vários países", explica.
Como prova, ele relatou até números do Brasil que são coletados e revelados pelo bot de transparência do Telegram. O serviço entregou dados em 75 pedidos só entre os meses de janeiro de março de 2024 à Justiça, com mais 128 solicitações atendidas nos seis meses seguintes. Na Índia, os números são ainda maiores.
Postagem rebate críticas e é defesa contra processo
A publicação de Durov nesta quarta-feira (2) é um provável resultado de críticas de uma parcela dos usuários a novos recursos do Telegram anunciados nas últimas semanas.
Uma das novidades é a intensificação na moderação de canais privados, vários deles denunciados por circulação de conteúdos criminosos e ilegais. Além disso, o mensageiro também confirmou que vai passar a colaborar com mais solicitações por informações de investigados ao redor do mundo.
CEO do Telegram ainda terá que responder às acusações na França.Fonte: GettyImages
A falta de atenção do mensageiro a certas práticas ilegais em seus canais rendeu a prisão do CEO do Telegram na França em agosto deste ano. O executivo foi detido por alguns dias, acabou solto após o pagamento de fiança.
Ele terá que responder judicialmente por vários crimes, como ser cúmplice no gerenciamento de uma plataforma que permitia a prática de atividades ilícitas e se recusar a entregar dados de suspeitos em casos julgados no país.
Ainda sobre a entrega de informações, Durov alega no comunicado original que só faz isso quando a empresa "recebe uma solicitação legal via linhas relevantes de comunicação", além de negar quando o pedido vai "contra nossos valores de liberdade e privacidade".
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