O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, espera construir plataformas open-source bem sucedidas na próxima década. Em entrevista no podcast Acquired na última quarta-feira (18), o executivo pontuou sobre suas ideias para o futuro.
"Parte do meu objetivo para os próximos 10-15 anos, a próxima geração de plataformas, é construir uma geração inédita de plataformas abertas e torná-las vencedoras", pontuou Zuckerberg. "Eu acho que isso levará a uma indústria de tecnologia bem mais vibrante", continuou.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Essa não é a primeira vez que Zuckerberg flerta com a indústria de código aberto: boa parte dos modelos de inteligência artificial da empresa são abertos para desenvolvedores, como o Llama 2.
Em julho deste ano, o CEO também se posicionou contra ecossistemas fechados — mencionando especificamente a Apple como exemplo. "Sempre haverá um [ecossistema] aberto e um fechado. Há razões para ter os dois, há benefícios para ambos. Porém, no geral, eu acredito que para uma plataforma de computação em que a indústria foca agora, há muito valor se o software é mais aberto", disse na época.
Na mesma entrevista em que mencionou seu foco em open-source, Mark Zuckerberg enfatizou que percebe a Apple e a Meta como empresas "opostas".
Quais são as vantagens de um software fechado?
Os softwares de código fechado, também conhecidos como softwares proprietários, não oferecem o código-fonte para o público. Essa filosofia tende a garantir mais segurança para o desenvolvedor e os usuários do aplicativo, além de garantir maior controle para o detentor da tecnologia.
Um bom exemplo disso são os sistemas da Apple: a maioria dos softwares da empresa são closed-source, tais como iOS, macOS, iPadOS e aplicativos nativos do ecossistema.
Em contrapartida, ecossistemas desenvolvidos em código aberto tendem a ser mais ricos em variedade e tem avanço mais acelerado. O kernel Linux é um exemplo clássico dessa abordagem, e hoje ele está presente em bilhões de dispositivos.
Contudo, apps open-source e proprietários podem coexistir em um mesmo ecossistema — e essa estratégia é adotada por várias empresas. A própria Apple mantém projetos em código aberto; e os apps de redes sociais da Meta (Instagram e WhatsApp) são proprietários.
Até agora, Zuckerberg não mencionou como pretende investir no mercado open-source, tampouco se seus atuais produtos passarão por transformações para se adequar a nova filosofia.
Fontes
Categorias