A rede social X, antigo Twitter, concordou em não usar dados pessoais de usuários para treinar inteligência artificial na Europa. A decisão se aplica às informações coletadas antes de 1 de agosto, data em que a plataforma implementou a opção de rejeitar o compartilhamento de dados.
Na semana passada, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC, na sigla em inglês), um dos principais reguladores europeus, protocolou uma ordem para suspender ou restringir o processamento de dados para treinamento ou desenvolvimento do Grok, IA do X.
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A entidade percebeu que a coleta de dados pessoais começou em 7 de maio, mas a opção de negar o compartilhamento de dados só foi liberada em 16 de julho. Porém, a função não chegou para todos naquele mesmo dia.
O X, ex-Twitter, concordou em não utilizar dados de usuários coletados de forma ilegal.Fonte: GettyImages
O Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, em inglês) requer que todo processamento de dados pessoais tenha embasamento legal para acontecer. No caso do treinamento modelos generativos, a legislação exige consentimento do usuário.
Contudo, a DPC menciona que o X começou a recolher informações sem notificar usuários — que, por vários dias, não tinham nem a opção de rejeitar o compartilhamento de dados.
X deve lançar nova versão da IA Grok
A entidade teme que o plano do X seja lançar a nova versão, cujo treinamento aconteceu com dados obtidos ilegalmente, aconteça este mês. O site RTE menciona que o X se negou a interromper o processamento de dados de usuários europeus ou adiar a atualização da IA.
Algo parecido aconteceu com o Google e a Meta. Ambos também estão impedidos ou questionados pelo DPC.
No mês passado, a Comissão Europeia também revelou a suspeita de que o X quebrou artigos da Lei de Serviços Digitais (DSA).
Fontes