O Google emitiu um comunicado, nesta sexta-feira (14), confirmando que a última atualização do YouTube pode afetar os adblockers. A empresa foi explícita ao afirmar que os bloqueadores de anúncios violam os termos de serviço da plataforma, e pediu aos usuários que parem de usar esse tipo de ferramenta ou assinem o plano Premium.
No final do mês passado, usuários do YouTube que contavam com bloqueadores de anúncios reportaram diversos problemas relacionados à visualização de vídeos. Na ocasião, alguns suspeitaram de algum tipo de bug, o que foi descartado ao perceberem que a reprodução voltava ao normal assim que desabilitavam os bloqueadores.
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- Leia mais: YouTube: usuários com adblockers ativados relatam interrupção, vídeos sem som e mais problemas
YouTube admite oficialmente que está dificultando o uso de extensões que impedem as propagandas.Fonte: GettyImages
Agora, o Google está admitindo oficialmente que as interrupções são uma estratégia da companhia para desincentivar o uso dos adblockers.
“Os anúncios ajudam a apoiar os criadores que você ama e permitem que bilhões de pessoas em todo o mundo usem o serviço de streaming. Ao bloquear anúncios do YouTube, você viola nossos Termos de Serviço. Se você usa bloqueadores de anúncios, pediremos que você permita anúncios ou se inscreva no YouTube Premium. Se você continuar a usar essas ferramentas, poderemos bloquear a reprodução do seu vídeo”, diz a empresa.
Anúncios diretos no servidor e acesso deslogado limitado
O YouTube parece estar desenvolvendo uma série de métodos para combater os bloqueadores de anúncios. De acordo com os desenvolvedores do SponsorBlock, a plataforma está testando a infiltração de propagandas diretamente no servidor.
A medida inutiliza esse tipo de complemento, que passa a não mais identificar o início e fim dos segmentos de patrocinadores, perdendo, portanto, a capacidade de ignorá-los automaticamente.
Janela solicitando autenticação do usuário no YouTube.Fonte: YouTube/Reprodução
Outro procedimento recente do YouTube está relacionado com a limitação de acesso para usuários não autenticados. A equipe do NewPipe GitHub informou que a plataforma está solicitando a alguns utilizadores que eles façam login para poderem assistir aos vídeos. A mensagem pede que a pessoa confirme que não é um bot.
Em teoria, o YouTube estaria estudando a possibilidade de funcionar como outros serviços de streaming, que só permitem a visualização de conteúdo para contas autenticadas. Isso poderia afetar negativamente apps de terceiros e impactaria na maneira como os vídeos da plataforma são acessados online.