O Google anunciou nessa terça-feira (14), durante o evento Google I/O 2024, a incorporação de recursos de inteliência artificial (IA) no seu buscador. Porém, o material de divulgação voltou a trazer um deslize da plataforma na entrega de conteúdos.
Quem encontrou a falha foi o site The Verge, analisando o vídeo que mostra as novidades do chatbot Gemini no buscador. Elas incluem a capacidade de interpretar uma combinação de foto com comando de voz e, ao fazer uma pesquisa automática, dar uma solução para um problema.
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No clipe de divulgação, um fotógrafo com uma câmera analógica emperrada pergunta para o chatbot "por que a alavanca não está indo até o final". Em poucos segundos, uma página de resultados surge na tela do smartphone com uma série de soluções.
O problema? Uma das possíveis ações propostas é "abrir o compartimento traseiro e gentilmente remover o filme se a câmera está emperrada".
O momento em que o chatbot lista um conteúdo enganoso no vídeo.Fonte: Google/Reprodução
Na verdade, essa é uma das piores coisas a se fazer nessa situação, já que colocar o rolo de negativos em contato com o ambiente externo fora de condições específicas de um laboratório de revelação leva você a perder todo o material.
Chatbot da Google já cometeu erros antes
Como os resultados gerados pela IA provavelmente são um resumo de páginas da internet, a "culpa" neste caso estaria também nos sites que serviram de fonte e já existem no buscador, sendo apenas consultadas pelo Gemini.
Ainda assim, o fato de o chatbot listar uma ação totalmente errada com bastante convicção pode gerar problemas para o usuário.
Essa também não é a primeira vez que a plataforma de IA da Google apresenta erros no conteúdo. Quando ainda se chamava Bard, o serviço errou informações básicas sobre o Telescópio James Webb. Além disso, o seu gerador de imagens passou por períodos de falha no algoritmo que resultaram em ilustrações totalmente incorretas do ponto de vista histórico — o que gerou críticas públicas até do próprio CEO, Sundar Pichai.
A própria imagem da companhia em relação aos vídeos de divulgação de IA foi manchada: no fim do ano passado, ela reconheceu que "encenou" parte de um clipe que mostrava capacidades do Gemini para fazer parecer que a interação com o usuário era mais fluida do que a realidade.
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