O ChatGPT será utilizado pelo governo do Estado de São Paulo para a geração do material didático das aulas digitais disponibilizadas pelas escolas da rede estadual de ensino, realizando o trabalho que anteriormente era dos professores. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (17).
Conforme documento enviado aos educadores, obtido pela publicação, a ferramenta de inteligência artificial (IA) generativa será responsável por produzir a versão inicial do material usado nas aulas virtuais. A tecnologia terá como referência os temas pré-definidos pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
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O material que será criado pelo ChatGPT é acessado por 3,5 milhões de estudantes.Fonte: Getty Images/Reprodução
Atuais produtores destes conteúdos, os professores curriculistas passarão a ter papel secundário nesta tarefa, realizando a revisão das aulas geradas pela IA generativa da OpenAI. Os profissionais poderão fazer modificações para que elas se adequem aos padrões pedagógicos definidos pela pasta.
Depois da avaliação dos educadores humanos, as aulas criadas pelo ChatGPT ainda vão passar por uma revisão feita pela Secretaria, com o objetivo de verificar a formatação e detalhes referentes ao aspecto linguístico. Este material, que será gerado por meio da IA, é disponibilizado para 3,5 milhões de estudantes no momento.
Por que usar o ChatGPT como professor?
Em nota, a Secretaria de Educação confirmou a possibilidade de usar o ChatGPT na criação de aulas digitais para alunos dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, e também para os estudantes do ensino médio. A ideia é iniciar os testes a partir do terceiro bimestre.
Conforme o órgão, a inteligência artificial pode ajudar a melhorar o material desenvolvido anteriormente pelos professores “de carne e osso”. Além disso, a ferramenta permite agilizar a produção, tendo como referência os conteúdos já feitos por esses profissionais e outros autores.
A decisão de adotar o ChatGPT como professor foi tomada pelo secretário de educação, Renato Feder, segundo a reportagem. Em 2023, ele anunciou que abriria mão dos livros didáticos impressos nas escolas da rede, mas recuou parcialmente da medida após críticas sobre a inviabilidade de usar apenas materiais digitais nas aulas.
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