O Ministério da Saúde anunciou a abertura da chamada pública para apresentação de projetos de pesquisa que apliquem inteligência artificial (IA) no Sistema Único de Saúde (SUS). O programa deve receber investimento de até R$ 2,5 milhões em cinco propostas, ou R$ 500 mil por projeto.
A ajuda de custo é referente a um período máximo de 12 meses. Os pesquisadores selecionados devem ser de instituições brasileiras e participar ativamente na inovação e conhecimento local. As inscrições devem ser feitas até o dia 17 de novembro.
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Ainda de acordo com a pasta, os projetos selecionados precisam oferecer as ferramentas de IA necessárias para ajudar gestores e profissionais de saúde. Os cinco temas listados pelo órgão foram:
- Suporte a decisões clínicas;
- Saúde pública e formulação de políticas públicas;
- Suporte para profissionais de saúde da linha de frente;
- Comunicações de saúde e trajetórias dos pacientes;
- Fortalecimento dos sistemas de saúde.
O edital está disponível no site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), integrante da iniciativa do programa Grand Challenges Brasil. Também fazem parte o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Bill & Melinda Gates.
Produzindo inovação no Brasil
O objetivo da chamada pública, além de promover melhoras no SUS, é não depender apenas de tecnologias importadas.Fonte: Getty Images/Reprodução
"À medida que a tecnologia de IA avança, há uma necessidade urgente de que países de baixa e média renda liderem projetos e co-desenvolvimento de tecnologias habilitadas por IA — ajudando, assim, a melhorar a saúde e bem-estar de suas mulheres, crianças e comunidades vulneráveis", destaca a página.
Essa necessidade foi reafirmada por Carlos Gadelha, secretário da Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde. Ele participou, na última semana, da 20ª reunião anual do programa Grand Challenges em Dacar, Senegal, representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
“Nós promovemos a inovação endógena (movimento econômico que faz circular recursos dentro de um território) em inteligência artificial para que não fiquemos só incorporando as tecnologias criadas por países desenvolvidos ou grandes empresas. É preciso que o Brasil produza conhecimento técnico, garanta acesso e equidade”, disse.
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