Anunciado no início do ano pela empresa chinesa Baidu, o chatbot Ernie foi lançado oficialmente nessa quinta-feira (31), ficando disponível em apps para Android e iOS e também na versão web. A ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) generativa é a mais nova rival do ChatGPT e do Google Bard.
Funcionando de forma semelhante aos concorrentes, a IA da Baidu é capaz de responder aos mais variados tipos de perguntas. Além disso, você pode pedir a ela uma ajuda para resumir documentos, escrever textos e até gerar imagens a partir de descrições textuais, como fazem o Dall-E e o MidJourney.
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Baseado no modelo de linguagem ERNIE 3.5, o Ernie Bot coleta uma grande quantidade de “feedback humano valioso e do mundo real”, como explicou o CEO da big tech, Robin Li, em comunicado. De acordo com o executivo, os dados servirão para melhorar seu modelo básico, otimizando a experiência de uso.
O Ernie Bot pode ser usado no celular e no PC.Fonte: Getty Images/Reprodução
O chatbot com IA generativa, que enfrentou algumas turbulências após uma demonstração inicial desastrosa, deixando os investidores decepcionados, alcançou mais de 1 milhão de usuários em menos de 24 horas após a estreia, segundo a Baidu. Com o sucesso, a empresa também viu suas ações valorizarem 3% na bolsa de valores local.
Aprovação do governo
A demora no lançamento da IA generativa da Baidu foi motivada principalmente pela necessidade de aprovação do governo da China, que possui regras para regulamentar este mercado. As autoridades exigem o cumprimento de vários requisitos de segurança para liberar o uso da tecnologia ao público.
Junto com a desenvolvedora do Ernie Bot, outras quatro companhias chinesas também receberam autorização dos reguladores para lançar suas próprias IAs. Obtiveram aprovação para atuar no segmento as marcas SenseTime, Zhipu AI, Baichuan Intelligent Technology e MiniMax.
O Baidu Ernie está disponível globalmente, como afirma a empresa, mas inicialmente a ferramenta só opera no idioma chinês, conforme relatos de usuários. De olho na popularização da tecnologia, a China quer se tornar líder do setor até 2030.
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