Um novo editor de fotos chamado DragGAN, que usa o modelo de aprendizado GAN (Generative Adversarial Networks), foi divulgado em um artigo científico hospedado quinta-feira (18) na plataforma de preprints arXiv. A ferramenta permite que um usuário "arraste" quaisquer pontos da imagem com controle preciso sobre onde os pixels vão.
Isso significa manipular com facilidade poses, formas, expressões e layouts de inúmeras categorias. Funcionando de forma parecida com o Warp do Photoshop, que ajusta a perspectiva das imagens de forma simplificada, a nova ferramenta, além de mover pixels, usa a inteligência artificial para recriar um novo objeto subjacente.
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Embora o trabalho não tenha sido revisto por pares e o produto ainda não esteja pronto para o consumo, imagens divulgadas no Twitter e YouTube mostram diversas manipulações de imagens que distorcem, leia-se subvertem, completamente a realidade. Pode-se afirmar que a tecnologia de IA é capaz de redefinir o que entendemos por "fotografia".
Como funciona o DragGAN?
Combinando efeitos de última geração, como os filtros neurais do Photoshop (ainda em versão beta) com a tecnologia de delineamento do U Point do DxO PhotoLab, o DragGAN faz as duas coisas de uma maneira bem mais amigável.
Dessa forma, você tem apenas que apontar para a parte da imagem que deseja editar e, com um clique, alterar pose, expressão e detalhes do objeto da foto, obtendo resultados impressionantemente realistas. Há ainda a possibilidade de controles mais granulares que possibilitam aplicar uma máscara a uma área específica: o rosto, por exemplo, para que o algoritmo afete apenas ali.
Os pesquisadores se preparam agora para, em um futuro próximo, "estender a edição baseada em pontos para modelos generativos 3D". Até lá, o trabalho de "retocar" fotos passará por uma revisão de paradigma, ficando mais próximo de "transformar". Algo que pode ser questionado (com razão) por alguns fotógrafos profissionais, o que não impedirá que a ferramenta se popularize mundialmente.
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