O Tribunal de Justiça do Espírito Santos (TJ/ES) ordenou, nesta quarta-feira (26), que as operadoras de telefonia realizem a suspensão do Telegram em todo o país. Além de Vivo, Claro, Tim e Oi, o Google e a Apple, responsáveis pela Google Play e App Store, também serão notificadas para remover o mensageiro das lojas online.
A decisão, que foi confirmada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, se deu porque o aplicativo não acatou integralmente o pedido da Polícia Federal (PF) de revelar dados de grupos neonazistas. Segundo o g1, o Telegram não enviou, por exemplo, o número dos telefones das pessoas que integram essas comunidades que espalham discursos de ódio.
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Além do bloqueio, a Justiça do Espírito Santo determinou uma multa de R$ 1 milhão para cada dia que o mensageiro não entregue as informações.
Telegram na mira
O Telegram entrou na mira do Governo e da Justiça após investigações da PF. A instituição policial descobriu que o jovem de 16 anos que matou quatro pessoas em um ataque realizado em duas escolas em Aracruz (ES), em novembro de 2022, participava de grupos neonazistas no app.
Segundo o inquérito, foi observado que “o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”.
O TecMundo entrou em contato com o Telegram, mas até o fechamento da matéria não recebeu um retorno.
Fontes