Uma startup norte-americana de inteligência artificial (IA) com investimento da Google está conquistando cada vez mais espaço no mercado — e parece ser uma das futuras concorrentes da OpenAI, dona do popular serviço ChatGPT.
Trata-se da Anthropic, uma companhia ainda bastante jovem, mas já com uma avaliação de mercado generosa e um grupo de especialistas por trás de uma plataforma de IA que promete bater de frente com modelos preditivos já em evidência no setor.
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De onde surgiu a Anthropic?
A Anthropic foi fundada em maio de 2021 na cidade norte-americana de San Francisco pelos irmãos Dario e Daniela Amodei. Ambos eram funcionários da OpenAI, a empresa por trás do fenômeno ChatGPT, mas deixaram os cargos após discordarem dos rumos que o projeto estava tomando. Outros ex-colaboradores seguiram a dupla no novo empreendimento.
O logo da empresa.Fonte: Anthropic
O nome vem de "antrópico", termo da filosofia que envolve discussões sobre a existência humana na Terra e o nosso período no planeta.
A empresa começou já na área de chatbots, mas outro objetivo: realizar pesquisas sobre mecanismos de segurança relacionados com IAs. Entretanto, logo surgiram oportunidades de mercado voltados para o desenvolvimento de algo comercial.
Daniela e Dario.Fonte: Future of Life Institute
Antes mesmo de lançar algum produto, ela recebeu um investimento de US$ 300 milhões da Google. Em março de 2023, a Anthropic concluiu uma nova rodada de investimentos por mais US$ 300 milhões.
O objetivo da companhia é levantar cerca de US$ 5 bilhões em dois anos para disputar o mercado de IA "em mais de uma dezena de grandes indústrias".
Como funciona a IA da Anthropic?
A IA desenvolvida pela empresa foi batizada de Claude e é um chatbot que traz respostas e conteúdos com base em comandos do usuário. O princípio é muito similar ao do ChatGPT, da OpenIA, e do Bard, da Google — que não tem relação com o motor de aprendizagem da Anthropic.
- Leia também: ChatGPT x Bard: 7 diferenças entre os chatbots de IA
Apresentado em janeiro de 2023, o Claude seria tão ou mais competente que chatbots da época, porém com mais preocupações éticas e "menos propenso a produzir respostas danosas".
O símbolo da IA Claude.Fonte: Anthropic
A Claude é baseada em um comportamento autônomo de beneficência, ou seja, com melhorias nas respostas sem trazer conteúdos ofensivos. Ele ainda tem modelos de personalidade, podendo mudar comportamento e tom das frases de acordo com a preferência do usuário.
Por enquanto, o Claude ainda está em fase de testes. Porém, ele já foi integrado a ao menos três grandes locais: o mensageiro corporativo Slack, o assistente do buscador DuckDuckGo e o Poe, chatbot da Quora.
Today we are releasing the new Claude App for @SlackHQ, in beta. Now every company in the world has the chance to have a “virtual teammate” who can help make work more fun and productive. pic.twitter.com/YNpIH5caBP
— Anthropic (@AnthropicAI) March 30, 2023
Ainda é cedo para saber se a Anthropic de fato representa uma ameaça para o ChatGPT ou o Bard. Porém, o diferencial no funcionamento, a equipe veterana e o financiamento da Google podem fazer com que a startup se transforme em um dos grandes nomes desse mercado tão promissor e que já é realidade.
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