A febre das ferramentas de inteligência artificial está cada vez maior e, ao que tudo indica, não deve terminar tão cedo. Um dos grandes responsáveis por isso, certamente, é o ChatGPT, chatbot de IA lançado pela empresa OpenAI em novembro de 2022. A plataforma angariou milhões de usuários em pouquíssimo tempo e se tornou um fenômeno digital. Contudo, as pessoas deveriam ir com calma quando o assunto é chatbots, segundo o Google.
Em um artigo de um jornal alemão chamado Welt am Sonntag, publicado no último sábado (11), Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google e chefe do Google Search (ferramenta de busca da empresa), alertou sobre os pontos negativos das inteligências artificiais em chatbots, destacando que os recursos, muitas vezes, podem ser enganosos.
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O Google segue correndo atrás de seu próprio chatbot de IA, aos moldes do ChatGPT, que continua crescendo no mercado.Fonte: REUTERS/Paresh Dave
"Esse tipo de inteligência artificial sobre o qual estamos falando agora pode, às vezes, levar a algo que chamamos de alucinação [...]. Isso se expressa de uma forma em que a máquina fornece respostas convincentes, mas completamente inventadas", explicou o executivo. Nesse sentido, segundo Raghavan, o desafio seria evitar esse efeito, ou diminuí-lo ao máximo.
Google corre atrás da concorrência
Desde o lançamento do ChatGPT, o Google tem lutado para não ficar para trás na área de inteligência artificial. Apesar de ter apresentado vários estudos sobre a tecnologia ao longo do tempo, a empresa ainda não conseguiu lançar um produto de IA que rivalize com a chatbot da OpenAI, o que tem incomodado os executivos da companhia.
A Alphabet Inc., holding que engloba o Google, chegou a introduzir seu próprio chatbot, chamado Bard, anunciado no último dia 7 de fevereiro. Porém, a ferramenta forneceu informações imprecisas em um vídeo promocional, constituindo uma enorme gafe que custou à empresa cerca de US$ 100 bilhões em valor de mercado.
O Bard continua sendo testado, mas ainda não possui atualizações ou uma data de lançamento oficial para o público geral. "Nós, obviamente, estamos com pressa, mas também temos uma grande responsabilidade. Nós, certamente, não queremos enganar o público", finalizou Raghavan.
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