Depois dos artistas visuais ameaçados por inteligência artificial, chegou a vez dos narradores e dubladores verem seus trabalhos substituídos pelas máquinas. Discretamente, a Apple disponibilizou um catálogo de audiolivros narrados por IA no aplicativo Livros (Books, para quem tem o telefone em inglês).
As histórias são de editoras independentes, abordadas pela empresa da Maçã. Os autores só foram informados o nome da companhia depois, mas souberam que a Apple arcaria com os custos de produção e que eles receberiam os royalties das vendas.
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Ao abrir o aplicativo Livros, o usuário deve procurar por "narração IA" para encontrar o catálogo. Os audiolivros são descritos como "narrados por voz digital com base em um narrador humano". Há opções de vozes soprano e barítono.
Empresas como Apple e a Amazon, dona do Audible, querem usar inteligência artificial para narrar os livros para reduzir os custos de um narrador humano.Fonte: Karolina Grabowska/Pexels
Mercado de audiolivros
A procura por audiolivros vem crescendo, com as vendas subindo 25% no último ano, chegando a uma arrecadação de US$ 1,5 bilhão. O setor pode alcançar um mercado global de US$ 35 bilhões até 2030.
As inteligências artificiais entram no ramo para reduzir o custo e o tempo de produção de um audiolivro com um narrador humano. Por outro lado, ainda há dificuldade de fazer a voz digital transmitir emoções, ao mudar entonação e inflexão, e prender o ouvinte.
Fontes