Meta anuncia Cicero, IA que joga Diplomacia e negocia com jogadores

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Imagem: Meta/Reprodução

A Meta anunciou, nesta terça-feira (22), Cicero, uma inteligência artificial (IA) que consegue jogar o jogo de tabuleiro Diplomacia (Diplomacy, no original). O sistema pode negociar com os outros jogadores utilizando raciocínio estratégico e linguagem natural.

De acordo com a empresa dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, Cicero pode ser considerado uma evolução do Deep Blue, supercomputador que venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparavov, e do AlphaGo, que venceu vários jogadores de Go, incluindo o sul-coreano Lee Sedol.

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A promessa é que a tecnologia consegue atingir desempenho humano em Diplomacia, o que é considerado pela Meta uma revolução. “[Jogar Diplomacia era] um desafio quase impossível para a IA porque exige que os jogadores entendam as motivações e perspectivas das outras pessoas, façam planos complexos, ajustem estratégias e usem a linguagem para convencer as pessoas a formar alianças”, diz trecho de comunicado da companhia.

CiceroCicero no controle do Império Austro-Húngaro negociando com um jogador humano que ficou com a Itália (Imagem: Meta/Divulgação)

Cicero foi testado em locais como o webDiplomacy.net, uma versão online do jogo. A IA conseguiu mais que o dobro da pontuação média de seus oponentes humanos e ficou em 2º lugar entre 19 participantes que jogaram ao menos 5 jogos em uma liga online.

Utilizando GPT-3, LaMDA e outras plataformas, Cicero foi construído para reconhecer blefes dos outros jogadores, entender as emoções, construir relações, mostrar empatia, tentar prever jogadas, propor soluções, ações conjuntas e mais.

Benefícios da ferramenta

Apesar de o único uso de Cicero ser jogar Diplomacia, a Meta defendeu que a inovação pode evoluir e aprender a colaborar com pessoas fora do jogo de tabuleiro no futuro.

“A tecnologia por trás é relevante para muitos outros aplicativos. Por exemplo, os atuais assistentes de IA podem concluir tarefas simples de perguntas e respostas, como informar o tempo - mas e se eles pudessem manter uma conversa de longo prazo com o objetivo de ensinar uma nova habilidade?”, sugeriu a gigante.

“Como alternativa, imagine um videogame no qual os personagens não jogáveis (NPCs) podem planejar e conversar como as pessoas - entendendo suas motivações e adaptando a conversa de acordo - para ajudá-lo em sua missão de invadir o castelo”, acrescentou.

Para avançar a ferramenta, a Meta também anunciou que Cicero está com código aberto, o que permite a pesquisadores e desenvolvedores do mundo todo contribuírem com a solução. Com a decisão, a Meta disse esperar que o trabalho seja desenvolvido “de maneira responsável” pela comunidade.

“Estamos empolgados com o potencial de avanços futuros na colaboração humano-IA e vendo como outros desenvolvem nossa pesquisa”, pontuou ainda a empresa.

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Fontes

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