O WhatsApp, mais uma vez, não confirmou a data de estreia da função “Comunidades” no Brasil, após um novo questionamento feito pelo Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), de acordo com relato do G1 nesta quinta-feira (9). A ferramenta, que vem sendo desenvolvida desde o ano passado, permite criar grupos dentro de grupos.
Na resposta dada ao órgão, o app de mensagens da Meta disse que o recurso de mega grupos “está em fase de desenvolvimento” e não foi lançado em nenhum outro país, até o momento. A empresa ressaltou que “a implementação de novas funcionalidades no aplicativo é sempre feita de maneira informada, embasada e cautelosa”.
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Esta foi a segunda vez, desde maio, que o mensageiro respondeu ao MPF-SP sobre a estreia da aguardada função. No documento, acessado pela GloboNews, a plataforma de mensagens afirma ainda ter decidido “implementar essa funcionalidade somente após eventual segundo turno das eleições de 2022”.
As Comunidades do WhatsApp foram oficializadas em abril, mas ainda não estão disponíveis.Fonte: WhatsApp/Divulgação
Apesar disso, o WhatsApp não forneceu uma data exata para o lançamento no país, desagradando ao órgão, que não descarta judicializar a questão, de acordo com a publicação. Vale lembrar que o segundo turno, caso ocorra, está marcado para o dia 30 de outubro, conforme o calendário divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Preocupação em relação às eleições 2022
A preocupação das autoridades com a chegada dos mega grupos do WhatsApp tem a ver com a possibilidade de a funcionalidade ser utilizada para a disseminação de fake news sobre o processo eleitoral. Devido às suas características, ela facilita o compartilhamento de mensagens para um grande número de pessoas.
Conforme o MPF-SP, a ferramenta Comunidades possibilita encaminhar mensagens para até 10 grupos de 256 participantes cada, de uma só vez. Com isso, os conteúdos chegam a até 2.560 destinatários a cada envio, criando um mecanismo altamente eficaz na distribuição de desinformação.
Por conta disso, o Ministério solicitou ao mensageiro que a novidade seja lançada no Brasil apenas em 2023. O órgão usou como exemplo, para o pedido, a invasão do Congresso dos Estados Unidos em janeiro do ano passado, após notícias falsas serem replicadas por meio das redes sociais, ação que terminou com cinco mortos e muitas pessoas feridas.
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