Em meio a polêmicas, Spotify anuncia marca de 180 milhões de assinantes

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Imagem: Diego Thomazini/Shutterstock

O Spotify divulgou, na última terça-feira (02), o seu último relatório fiscal de 2021. A empresa revelou ter alcançado a marca de 406 milhões de usuários mensais ativos (crescimento de 18% em comparação com o último trimestre de 2020) e 180 milhões de assinantes premium (crescimento de 16%).

No documento para os acionistas, o app de músicas apontou que o crescimento de assinantes foi puxado principalmente pela América Latina. A empresa ressaltou que os resultados do último trimestre também foram beneficiados por parcerias como a da TecToy no Brasil, que vende dispositivos pré-carregados com o Spotify com uma avaliação gratuita de 3 meses.

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A marca, que se intitula como a maior rede de música e áudio do mundo, explicou que em 2021 chegou a vários novos países, incluindo Venezuela, Líbia, Iraque e Tajiquistão. Ao todo, a plataforma já atende 184 nações.

Spotify

Em receita, a marca fechou o ano passado arrecadando 9,6 bilhões de euros (cerca de R$ 57,9 bilhões na cotação atual), um crescimento de 23% na comparação com o resultado de 2020. Quanto ao lucro bruto, a empresa conseguiu um resultado de 2,5 bilhões de euros (R$ 15 bilhões), aumento de 25% em comparação com dois anos atrás.

Conteúdo

Além do balancete, o Spotify divulgou algumas curiosidades sobre a plataforma. A música mais ouvida em um único dia foi "Easy on Me", da cantora Adele, enquanto o álbum com o maior número de streamings em 24 horas foi Red, de Taylor Swift.

A canção "Shape of You", de Ed Sheeran, também quebrou um recorde em 2021. Ela foi a primeira música a ultrapassar a barreira de 3 bilhões de reproduções.

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Ainda sobre conteúdo, a marca está se definindo como um ambiente para criadores. “Queremos ser o melhor lugar para criadores de áudio”, afirmou o CEO, Daniel Ek. “Nós apenas arranhamos a superfície do potencial criativo em áudio”, complementou.

A empresa espera alcançar 50 milhões de criadores de conteúdo em breve e informou que seguirá investindo em ferramentas específicas para podcasters, contadores de histórias, além de músicos. E respondendo sobre uma polêmica recente, Ek afirmou, inclusive, que quer permitir que as pessoas tenham liberdade para criar no ecossistema do app.

Polêmicas

A divulgação dos números e curiosidades sobre o 2021 do Spotify acontece em meio às acusações de que a plataforma “abre as portas” para a desinformação. O principal alvo da controvérsia é o apresentador Joe Rogan, host do podcast mais ouvido do mundo e que tem um acordo de exclusividade de US$ 100 milhões (cerca de R$ 538 milhões na cotação atual) com o Spotify.

Em alguns episódios do The Joe Rogan Experience, ele chegou a desaconselhar os jovens a se vacinarem contra a covid-19 e afirmou que remédios sem eficácia são efetivos contra a doença.

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O Spotify manteve os programas no ar, o que gerou uma indignação de músicos que têm suas obras disponíveis no app. O caso mais notável foi do cantor Neil Young, que pediu para que suas músicas fossem retiradas do aplicativo, já que ele não concordava com as falas de Joe Rogan.

“Estamos tentando equilibrar a expressão criativa com a segurança de nossos usuários e, claro, essa é uma questão muito complicada”, defendeu o CEO do Spotify. Para tentar “acalmar” a fúria das pessoas que estavam pedindo a exclusão de Rogan da plataforma, a empresa anunciou que terá avisos de conteúdo que sugerem informações atualizadas e científicas sobre a pandemia de covid-19.

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