A Google encerrou em definitivo o suporte para atualizações de software e segurança na linha Google Pixel 3, lançada em outubro de 2018 pela companhia. Ao todo, os modelos tiveram cerca de três anos de atualizações garantidas, o que foi considerado satisfatório pela empresa.
A decisão e a mensagem da marca não foram bem recebidas por quem ainda usava o dispositivo. O jornalista Aaron Gordon, do site Motherboard, publicou um artigo de opinião criticando o fato de ter sido forçado pela companhia a "descartar um telefone perfeitamente bom" por um mecanismo que lembra o conceito de obsolescência programada.
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Ele ainda comparou a situação da plataforma com a rival Apple: modelos lançados em 2015 pela companhia ainda receberam uma atualização do iOS anunciada em 2021.
A resposta da empresa
Ao entrar em contato com a Google, Gordon recebeu uma resposta que ele achou quase ofensiva: a empresa considera que os três anos de atualizações consistem em uma janela capaz de garantir uma "ótima experiência" no Android — ou seja, que depois desse período já seria normal trocar de aparelho, mesmo que o dispositivo não apresente qualquer defeito ou problema de desempenho.
O Pixel 6, mais recente lançamento da fabricante, é o primeiro a ter ao menos cinco anos de atualizações de segurança confirmadas, com "ao menos três anos de atualizações do sistema operacional". O recurso é garantido principalmente pela presença de um chip próprio da empresa, o Tensor.
Vale lembrar que o sistema Android é frequentemente criticado pela fragmentação. O iOS, desenvolvido pela Apple de maneira mais fechada, costuma ser atualizado por mais tempo: o iPhone 6s, lançado em 2015, ainda recebeu o iOS 15 no ano passado, por exemplo.
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