A promessa da Apple de colocar nas mãos do usuário a decisão sobre ser ou não rastreado por aplicativos no iPhone talvez não seja exatamente o que muitos usuários imaginavam. De acordo com uma reportagem do jornal Financial Times, a empresa não parou de coletar dados e enviar informações para redes sociais e outras plataformas, mesmo após o dono do aparelho indicar esse desejo nas configuração.
Esse tipo de controle personalizado, adicionado a partir deste ano pela empresa, gerou atritos em especial com o Facebook — que depende das informações de navegação para direcionar anúncios, entre outros usos.
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Recurso do iOS pode impedir que apps façam o rastreamento da atividade do usuário.
Qual o problema?
Segundo a matéria, marcas que incluem Meta e Snap ainda coletam dados dos iPhones, porém só informações anônimas e não conectadas a perfis específicos.
Essa é uma forma de criar uma espécie de "trégua" entre a Maçã e as plataformas que dependem de receber informações sobre o comportamento de usuários e podem ter perdido alguns milhões de dólares em poucos meses sem esses dados. Em vez de bloquear tudo, como antes era prometido, a companhia "afrouxa" a proteção enquanto mantém as identidades protegidas.
Especialistas em privacidade ouvidos pelo FT alegam que a Apple precisa esclarecer a situação. Afinal, a coleta de dados, mesmo que anonimizados, pode levar à interpretação de que a empresa não está seguindo as próprias regras que estabeleceu. Procurada pelo jornal, a empresa não fez declarações específicas sobre o caso.
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