A fabricante chinesa Xiaomi tem um vasto catálogo de smartphones, com modelos lançados tanto com processadores da Qualcomm quanto da rival MediaTek. Entretanto, os consumidores já perceberam que atualizações chegam mais rapidamente para os modelos Snapdragon que os demais. Por que isso acontece?
Em uma publicação na rede social Weibo, o executivo Li Ming explicou como isso funciona e o porquê da diferença de tempo entre ambas. Segundo ele, as duas marcas recebem os códigos da atualização do Android antecipadamente e ao mesmo tempo — ou seja, não há nenhum tipo de preferência ou vantagem inicial.
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A bifurcação
É a partir deste momento que começam as diferenças: a Qualcomm possui múltiplos times trabalhando na plataforma em paralelo, o que significa que a adaptação do código é atingida mais rapidamente. Deste modo, é possível que a distribuição da atualização do Android 12 para dispositivos com Snapdragon chegue de fato mais rapidamente, próximo do lançamento da versão "pura" da plataforma.
O processo da MediaTek é diferente: com menos pessoas na equipe, ela trabalha com uma atualização em lotes, separando modelos em pelotões e trabalhando neles por essa ordem pré-definida. É por isso que alguns aparelhos com chips da empresa recebem a atualização relativamente rápido, enquanto outros acabam esperando mais um tempo na fila.
De acordo com Ming, a atualização em lotes tem as suas vantagens e é "inevitável" não apenas por uma questão de menor efetivo de funcionários, mas também para trabalhar de forma personalizada em cada modelo — o que reduz as chances de incompatibilidades e bugs, por exemplo, ou facilita o conserto em caso de erros detectados em lotes menores de dispositivos.
Fontes