Durante o evento Adobe Max 2021, a empresa de softwares de produtividade revelou uma demonstração da ferramenta experimental Project Morpheus, que é capaz de alterar a aparência e expressão de pessoas em vídeos através de inteligência artificial e aprendizado de máquina do Adobe Sensei.
A novidade é uma forma de aplicar os Neural Filters, uma iniciativa com o mesmo propósito que foi lançada no Photoshop em 2020, em uma sequência de frames. No entanto, a novidade traz mais opções, como a adição de barba ou óculos no indivíduo, por exemplo.
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Existem problemas éticos?
O projeto foi definido pelo The Verge como um método de deepfake; apesar não ser possível trocar rostos, a mudanças de sentimentos na imagem é capaz de modificar contextos, mantendo o "realismo" da situação.
Além de poder ser usada para definir aspectos de edição de filmes, ajustes estéticos, paródias e até planejamento urbano, a palavra deepfake já foi associada à difamação, desinformação, assédio sexual e propaganda política.
Dito isso, a Adobe não informou se o Morpheus será disponibilizado no Premiere ou After Effects. Aliás, já existem vários outros softwares especializados em deepfake como o DeepFaceLab e FakeApp, e os ajustes exibidos na demonstração são limitados.
"Reconhecemos que precisamos balancear a inovação com a responsabilidade de garantir que a nossa tecnologia é utilizada para o bem dos nossos consumidores e da sociedade (...)", informou a instituição em um comunicado ao Engadget.
Vale ressaltar que a conferência da Adobe nesta semana também revelou versões do Photoshop e Illustrator para navegadores, além de novas ferramentas para trabalho colaborativo.
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