Uma das principais novidades do Windows 11, lançado oficialmente na última terça-feira (5), são os novos Widgets. Apresentado como um recurso "renovado", o conjunto de ferramentas busca oferecer informações rápidas acerca das últimas notícias, clima, tarefas pendentes e outros interesses similares. Segundo a Microsoft, este departamento recebeu diversas melhorias alimentadas por inteligência artificial para refletir os gostos pessoais dos usuários, mas o fator de personalização pode ser bastante limitado.
Embora seja possível ajustar quantos e quais "atalhos" estarão na seção dos Widgets — agora com botão dedicado na Barra de Tarefas —, a definição de "como" essa apresentação ocorrerá pode frustrar alguns usuários. Notavelmente, o maior exemplo do problema é a Barra de Pesquisas e o feed de informações, ainda alimentados pelo motor de busca proprietário Bing, como no Windows 10.
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Em comentário enviado ao TecMundo, a Microsoft disse que não será possível alterar o motor de busca para uma alternativa de preferência no Windows 11, pelos menos na última versão lançada. O caso se agrava ao considerar que o Bing "domina" apenas 6,78% deste mercado atualmente, o suficiente para superar seus menores concorrentes, que totalizam juntos 5,36% de presença. Porém, a margem ainda o posiciona muito atrás do gigante Google, que angaria 86,65% dos usuários. Os dados são do site StatCounter, mantido pela empresa GlobalStats; confira o gráfico:
Porcentagem de usuários por motor de busca — Google domina 86,65%, Bing possui apenas 6,78%. (Fonte: StatCounter / Reprodução)Fonte: StatCounter
Mudanças para o futuro?
Apesar de ser incômodo para alguns usuários, o caso não invalida os demais avanços apresentados pelo Windows 11 para os Widgets. O conjunto de ferramentas ganhou mais atenção, tornou-se mais responsivo e menos "perdido" na Barra de Tarefas, contrastando com sua última e recente estreia no Windows 10 — onde, casualmente, apareceu na lateral direita com desempenho questionável.
Todavia, o TecMundo entrou em contato com a Microsoft para verificar se há planos de oferecer outras opções de buscadores no futuro na área de Widgets do novo sistema. Através de um representante, a empresa foi sucinta: "Tal como com o Windows 10, a pesquisa no Windows 11 é alimentada pelo Bing e não pode ser alterada," reforça. No entanto, a empresa ressalta que os clientes "ainda podem definir a sua ferramenta de busca nas configurações do navegador," conclui.
Resta aguardar novas atualizações para avaliar se a Microsoft mudará de ideia.
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