Uma nova plataforma de Inteligência Artificial (IA) foi lançada nesta quarta-feira (4) para facilitar as ações de prevenção e combate ao desmatamento na floresta amazônica. A ferramenta PrevisIA, desenvolvida pela Microsoft, pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e pelo Fundo Vale, antecipa informações de regiões suscetíveis a desmatamento e incêndios.
O algoritmo analisa dados de topografia, cobertura do solo e estradas legais e ilegais em imagens de satélite, para encontrar riscos de derrubada de árvores ou queimadas e informar órgãos públicos para realizarem ações de prevenção e de combate. Os alertas gerados pela plataforma também são abertos ao público em um painel de controle da iniciativa.
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Os recursos de nuvem do Microsoft Azure e o algoritmo de IA da Imazon para detectar estradas ajudou a melhorar o modelo de risco de desmatamento para identificar territórios mais ameaçados pelo desmatamento na Amazônia, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação.
Amazônia sob risco
Parque do Xingu, no Pará, é uma das áreas com maior vulnerabilidade ao desmatamento até março de 2022, segundo Inteligência Artificial. (Fonte: PrevisIA/Reprodução)Fonte: PrevisIA/Reprodução
O mapa de risco oferecido pela plataforma PrevisIA aponta que 9.635 km2 da floresta amazônica estarão vulneráveis ao desmatamento ou a incêndios em março de 2022. A área representa 29% de toda a Amazônia Legal e abrange municípios, unidades de conservação e terras indígenas, além de comunidades quilombolas e assentamentos rurais.
São Félix do Xingu (Pará), fronteira do garimpo ilegal e da pecuária de corte, é o município com o maior risco identificado pela plataforma, seguido de Colniza (Mato Grosso), Lábrea (Amazonas) e Porto Velho, capital de Rondônia.
Entre as Unidades de Conservação com maior vulnerabilidade, estão o Parque Nacional dos Campos Amazônicos (entre o Amazonas e Rondônia), a Área de Proteção Ambiental do Tapajós e Floresta Nacional do Amana (ambos no Pará).
De acordo com a PrevisIA, os territórios ocupados pelos povos Yanomami, Apyterewa, Karipuna, além dos parques do Xingu e do Araguaia, que abrigam diversas etnias, estão entre os mais ameaçados pela destruição ambiental.
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