Começa amanhã (15) a nova política de privacidade do WhatsApp, decisão que foi motivo de polêmica nos últimos meses. Isso porque a nova regra exige que os usuários compartilhem dados com o Facebook para continuar usando o aplicativo. Além disso, as pessoas que não aceitarem os novos termos até a data perderão funcionalidades do mensageiro.
Segundo a empresa, o objetivo é integrar o WhatsApp com as outras redes sociais de Mark Zuckerberg, Facebook e Instagram. Assim, o compartilhamento de dados poderá ser usado para exibir anúncios mais personalizados, melhorar a sugestão de amigos, direcionamento de conteúdo, entre outros.
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A regra deixa claro que nem o WhatsApp ou o Facebook podem ver as mensagens privadas, ouvir chamadas, compartilhar contatos ou identificar a localização dos usuários.
Resposta dos usuários
Com o anúncio da nova política em janeiro, o número de downloads de outros mensageiros disparou. O Telegram e o Signal, por exemplo, chegaram ao primeiro lugar na lista de mais baixados da App Store e do Google Play. Órgãos governamentais de todo o mundo também questionaram a mudança, incluindo o Brasil.
Com a repercussão, a empresa tentou se defender. Alguns dias após o anúncio, o mensageiro divulgou um infográfico em seu perfil no Twitter explicando o que o WhatsApp pode ou não fazer. "Nós gostaríamos de abordar alguns rumores e ser 100% claros, nós continuamos a proteger as suas mensagens privadas com criptografia ponta-a-ponta", disse na publicação.
We want to address some rumors and be 100% clear we continue to protect your private messages with end-to-end encryption. pic.twitter.com/6qDnzQ98MP
— WhatsApp (@WhatsApp) January 12, 2021
Com a enxurrada de críticas, o mensageiro adiou o prazo para aceite — que seria até o dia 8 de fevereiro — para o dia 15 de maio.
O que acontece com quem não aceitar
Na última semana, o WhatsApp anunciou que não irá mais excluir as contas dos usuários que não aceitarem os novos termos. Porém, os recursos ficarão cada vez mais limitados com o passar do tempo.
Não será possível acessar a lista de conversas ou responder mensagens pelo app, somente pelas notificações do celular. Após algumas semanas com o aplicativo no modo limitado, o WhatsApp deve parar de enviar mensagens, notificações, ou chamadas para o smartphone. Assim, o usuário só poderá voltar a ter o mensageiro funcionando normalmente quando aceitar os novos termos de privacidade.
Reviravoltas
Na tarde desta sexta (14), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) afirmou que os usuários que ainda não aceitaram as novas regras, poderão usar o aplicativo por pelo menos mais 90 dias sem qualquer tipo de restrição. A decisão de adiar o prazo foi pensada em conjunto com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), com o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A diretora da ANPD, Nairane Rabelo, disse à GloboNews que os três meses serão usados para os órgãos analisarem a situação em busca de soluções. Segundo ela, durante esse perído, nenhum usuário será prejudicado por não aceitar os termos.
Vale ressaltar que o WhatsApp lançou no início deste mês o WhatsApp Pay, nova função de pagamentos do app, que promete melhorar a experiência do usuário.
E aí, já aceitou os novos termos? Conte para nós nos comentários!
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