Já virou moda: quando a Microsoft lança uma atualização do Windows 10, é questão de tempo até que algum erro apareça. Parece que nunca tivemos tantos bugs causados por downloads de melhorias e correções que deveriam aprimorar o sistema. Mas por que isso acontece? A quantidade de erros é maior agora ou é impressão? O que fazer para não ser prejudicado por isso?
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Erro no Windows 10
Os bugs são vários, e a maioria deles envolve a incompatibilidade com alguma coisa que está em funcionamento. Ao instalar a atualização, um serviço que antes estava funcionando de repente passa a apresentar problemas. As falhas podem ser ativadas pelos mais variados setores do sistema, desde o menu "Iniciar" até a conexão com outros dispositivos, como impressoras.
Vários deles exigem que o usuário cumpra uma série de passos para o erro aparecer, então muita gente nunca vai se deparar com um, enquanto outros são um pouco mais comuns. E os bugs vão desde falhas visuais mais simples, como um ícone fora do lugar, até mensagens de erro e a temida "tela azul da morte", que obriga a reiniciar o sistema e pode resultar em perda de dados se aquele documento ou trabalho que já estava na metade não foi salvo.
A boa notícia é que a Microsoft está ativamente vendo os fóruns e as redes sociais, além de canais mais diretos, como seções no Reddit e na página oficial, para monitorar o surgimento de possíveis problemas, então ela pode pausar uma atualização problemática e já enviar um patch de correção o mais rápido possível. A má notícia é que isso se tornou tão frequente, com uma demanda tão alta, que a empresa simplesmente não consegue corrigir tudo no tempo desejado.
Por que os erros são constantes?
Uma das explicações mais completas para essa situação veio em 2019, quando Jerry Berg, um ex-desenvolvedor de softwares da Microsoft, que trabalhou na empresa por 15 anos, contou um pouco dos bastidores e do que mudou por lá no Windows 10. Segundo ele, até 2015 a Microsoft tinha uma divisão inteira de funcionários cuja função era testar o sistema operacional de todas as formas possíveis, em vários cenários e com aparelhos diferentes, antes de as builds serem liberadas ao público.
Com isso rolavam alguns processos de varredura automatizados, mas o serviço era mais feito por pessoas. No entanto, ao longo dos anos, a empresa foi transformando essa divisão, principalmente quando decidiu focar ao mesmo tempo três plataformas: Windows, Xbox e Windows Phone.
Provavelmente para economizar tempo e dinheiro, a Microsoft passou a fazer os testes apenas usando máquinas virtuais, por isso o Windows 10 é emulado de forma improvisada em condições que não são necessariamente as mesmas do computador de casa, por exemplo.
Windows Insider
Uma das soluções encontradas pela Microsoft é o programa Windows Insider, alimentado por fãs e desenvolvedores que ganham acesso antecipado às atualizações e podem enviar críticas, sugestões e avisos de bugs. Entretanto, os relatos não são sempre precisos ou perfeitos, e a empresa não consegue fisgar tudo, só os que recebem mais interações. Atualmente, o programa tem três "camadas" de teste com pessoas diferentes cadastradas em cada uma.
Além disso, as atualizações estão cada vez mais fragmentadas e frequentes, o que tem um lado bom e outro ruim. O lado bom é que as novidades são disponibilizadas mais rapidamente, podendo ser tanto novos recursos quanto correções em um ritmo praticamente mensal. O ruim é que isso significa também mais chances de surgimento de bugs e incompatibilidades.
Outro motivo, que não foi apontado por Berg, é que as pessoas estão cada vez mais exigentes e compartilhando as falhas em todos os canais possíveis, de sites especializados a redes sociais. Isso significa que todo e qualquer bug acaba virando notícia, até para deixar o mundo informado caso algo estranho aconteça no computador.
Mas, calma, nem todo bug de atualização é grave ou pode ser facilmente ativado. Além disso, a evolução do Windows 10 desde seu lançamento em 2015 até agora é enorme, então há quem diga que na verdade a comunidade está pegando demais no pé da empresa e que a situação nem é tão grave assim.
Afinal, o Windows 10 é bom?
E aí entramos em um impasse: os bugs podem atrapalhar, mas ficar sem atualizações oficiais é um problema maior, já que elas incluem otimizações e corrigem eventuais brechas de segurança que podem ser exploradas. Elas podem impedir o usuário de ser vítima de alguma invasão, por exemplo, ou liberar o uso de alguma ferramenta aguardada.
Aliás, esse é o principal motivo para manter o sistema operacional na versão mais atual possível. Então ainda é melhor manter o computador sempre atualizado, confiando que a Microsoft corrija rapidamente os erros encontrados e que eles não sejam tão graves assim. Ou, no máximo, esperar 1 dia ou 2 para acompanhar relatos de bugs graves.
Você acha que o Windows 10 tem muitos bugs mesmo ou é exagero? O que a Microsoft deveria fazer para melhorar esse cenário? Você já foi vítima de algum desses erros depois de baixar uma nova build? Conte para a gente nos comentários.
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