O WhatsApp anunciou nesta sexta-feira (15) que vai adiar em três meses a entrada em vigor da sua nova política de privacidade, cujo ponto mais polêmico é a obrigatoriedade do compartilhamento de dados dos usuários com o Facebook. A atualização nos termos de uso estava prevista para valer a partir do dia 8 de fevereiro.
Criticado pelas mudanças e vendo muitos usuários passando a instalar apps rivais como o Signal e o Telegram, conhecidos pelo maior cuidado com a privacidade, o mensageiro informou ter adiado o lançamento da nova política para 15 de maio.
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Ainda de acordo com a nota divulgada no blog oficial do WhatsApp, “ninguém terá a conta suspensa ou excluída em 8 de fevereiro”, se referindo à exigência de concordar com os termos para continuar a usar o aplicativo. A empresa havia dito que quem discordasse não poderia mais continuar na plataforma a partir dessa data.
Notificação avisando sobre as mudanças.Fonte: André Dias/Reprodução
Durante esse tempo extra, o mensageiro promete esclarecer melhor como vai funcionar a privacidade dos dados e a segurança das informações que circulam no serviço. “Tem havido muita desinformação causando preocupação, queremos ajudar todos a entender nossos princípios e fatos”, escreveu a companhia.
Política não será alterada
Apesar de adiar a entrada em vigor dos novos termos de uso, o WhatsApp não irá alterar a obrigatoriedade de permitir o uso dos dados pelo Facebook, de acordo com o The Verge. Ou seja, a partir de 15 de maio será necessário concordar com a política de compartilhamento para continuar no mensageiro.
Segundo o veículo, a empresa espera usar essas semanas a mais para lidar melhor com todas as controvérsias criadas em torno da mudança, passando uma mensagem mais exata a respeito dos pontos alterados.
O mensageiro afirma que as conversas individuais continuam protegidas.Fonte: Pixabay
“A atualização inclui novas opções que as pessoas terão para enviar mensagens para uma empresa no WhatsApp e fornece mais transparência sobre como coletamos e usamos os dados”, explicou o app, complementando a informação dada anteriormente, de que as alterações valem apenas para as comunicações com empresas, preservando as conversas individuais.
Em meio às polêmicas, o Procon-SP notificou o WhatsApp nessa quinta-feira (14), pedindo maiores explicações sobre a obrigatoriedade imposta, dando prazo de 72 horas para a resposta.
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