Com a recente mudança na política do WhatsApp, muitos usuários do mensageiro consideraram migrar da solução do Facebook para outras opções, como Telegram ou Signal, que caiu nas graças do público depois que personalidades como Elon Musk sugeriram sua utilização.
Prometendo mais privacidade, o Signal se destaca pelos recursos de segurança e, claro, por não ter vínculo com redes sociais, entrentato usuários mais desconfiados se perguntem se é realmente seguro utilizar um app de desenvolvedores independentes.
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Chamadas em vídeo do Signal.Fonte: Reprodução/Signal
Como o Signal funciona?
Como é de se esperar de um mensageiro moderno, o app utiliza criptografia de ponta a ponta nas conversas, o que significa que apenas remetente e destinatário têm acesso ao conteúdo das mensagens, o que também acontece com WhatsApp e Telegram.
Segundo os desenvolvedores do serviço, nem mesmo eles podem descriptografar os dados das mensagens, fazendo com que a interceptação das conversas seja tecnicamente impossível. O Signal utiliza um algoritmo de criptografia de código aberto, o que por sua vez faz com que a ferramenta apresente mais segurança por estar passível de diversos estudos e testes da comunidade.
O que o Signal tem de diferente?
O Signal não registra dados sobre seus usuários, diferentemente do que acontece no popular WhatsApp, por exemplo. Segundo um de seus desenvolvedores, como o Signal não faz esse registro, em caso de uma solicitação de intercepção — como uma intimação da justiça por exemplo — os únicos dados fornecidos seriam data de criação da conta e data da última utilização, pois o conteúdo das conversas não pode ser acessado por ninguém além do remetente e do destinatário.
O aplicativo tem ferramentas de privacidade que permitem que o usuário tenha um maior controle sobre seus dados. Além disso, para realização das chamadas, é possível utilizar o modo de segurança que conecta por meio do servidor da Signal, fazendo com que o endereço IP não possa ser rastreado.
Por ter uma base de usuários menor — ao menos por enquanto — o Signal também não sofre tanto quanto outros serviços com hackers ou usuários mal-intencionados, mas isso pode mudar com a explosão de downloads.
Signal conta com mais recursos para bloqueio de mensagens indesejadas.Fonte: Reprodução/Signal
O serviço, apesar de ser diferente, tem muitas semelhanças com o WhatsApp, afinal os fundadores do Whats são os desenvolvedores do Signal que não foram para o Facebook quando houve a aquisição do mensageiro. Além disso, o sistema de criptografia é basicamente o mesmo em ambos, ou seja, definitivamente não se trata de um app desenvolvido por amadores.
De qualquer modo, o que traz mais credibilidade à segurança do Signal é sua independência, já que não possui fins lucrativos e é mantido por meio de doações. Além disso, não estar associado a uma rede social que se envolve em diversas polêmicas com o uso dos dados dos usuários é mais um ponto positivo do mensageiro que se tornou a sensação do momento nas principais lojas de aplicativos.