O formato PDF é um dos mais populares que existem no mundo digital, mas a Adobe demorou para lançar uma versão que não causasse tanto desgosto a quem tem que abrir documentos nesse formato em um celular. Preces foram atendidas: chegou o Adobe Liquid Mode, que usa aprendizado de máquina para reformatar PDFs a serem lidos.
O “modo líquido” agora presente no Acrobat Reader usa a inteligência artificial da Adobe, a Sensei, para analisar um documento em PDF e reconstruí-lo automaticamente. Isso torna o arquivo mais fácil de ser manipulado em dispositivos móveis (quem já tentou procurar, marcar e copiar uma linha que seja de um PDF de 150 páginas aberto em um smartphone vai entender o tamanho da importância dessa melhoria).
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Através de aprendizado de máquina, o programa analisa o documento em PDF para determinar sua estrutura (como alterações no tamanho e tipo de fonte que podem indicar o começo de uma nova seção, ou ainda como dados são exibidos em listas), rearrumando textos, imagens e tabelas de maneira que o arquivo seja melhor visualizado na versão mobile.
Beliscar a tela, nunca mais
Não será mais necessário usar zoom ou os irritantes (e, muitas vezes, inócuos) movimentos de pinça para procurar trechos ou mesmo ler melhor o PDF; o esboço, chamado de “inteligente” pela Adobe, vai mostrar textos pesquisáveis e seções expansíveis, prometendo uma navegação mais rápida. Será possível ainda personalizar o espaçamento entre as palavras do arquivo e até mudar o tamanho da fonte.
Como tudo que é gerido via inteligência artificial, o início tem tropeços, mas as melhorias vêm rapidamente com o uso – ou seja, a tecnologia “líquida” ainda não é perfeita, mas tem potencial e só deve melhorar com o tempo e o uso.
Como foi desenhado para atender dispositivos móveis (e menores), o Adobe Liquid Mode vai estar disponível primeiro no Acrobat Reader para Android e iOS, sendo lançado em seguida para desktop, navegadores e Chromebook.
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