Fontes do Financial Times afirmam que a Microsoft tem interesse em adquirir as operações mundiais do TikTok, não só as de alguns lugares, como Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. De acordo com o veículo, a ByteDance, empresa com sede em Pequim, se manteria como proprietária do aplicativo equivalente ao fenômeno da internet na China, o Douyin, mas uma transação global eliminaria a fragmentação do produto e garantiria que todos os demais usuários pudessem aproveitar uma solução unificada.
Ainda segundo a publicação, não estão descartadas a definição de um ano para que Douyin e TikTok sejam separados e uma revisão da política de segurança de dados – principal justificativa do presidente Donald Trump para banir a presença da rede no país norte-americano.
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Trump, inclusive, já se manifestou a favor da compra da plataforma – com algumas condições.Fonte: Reprodução
Uma tarefa complicada
Mesmo que as companhias não tenham se pronunciado, Trump já sugeriu a compra do TikTok por uma organização local em troca de uma fatia da compra destinada ao Estado, o que satisfaria seu objetivo de evitar a presença de companhias chinesas por lá e não impactaria mais de 100 milhões de pessoas que utilizam o aplicativo.
De qualquer modo, é preciso ressaltar que o movimento, por enquanto, não passa de especulação, e que cumprir o prazo esperado para a concretização das negociações pode ser desafiador, já que uma das fontes comentou que, para separar as plataformas, podem ser necessários até oito anos.
Portanto, se o desejo for encerrar o vínculo mais cedo, uma oposição inicial ao acordo proposto pela Microsoft poderia surgir da parte chinesa e de seus investidores minoritários, assim como seria quase certa uma oposição do governo norte-americano caso os laços fossem mantidos além do esperado.
"Trabalhar nisso é como jogar xadrez multidimensional", exemplifica uma das fontes.
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