A comunidade de desenvolvedores do Linux aprovou na última semana uma alteração na terminologia das distribuições que envolvem o kernel. A ideia é substituir palavras que possuem uma origem que envolve a discriminação racial ou faz referência ao período de escravidão.
Após o início dos protestos do "Black Lives Matter", retomados após o assassinato de George Floyd no final de maio deste ano, diversas atitudes similares começaram a tomar forma. A plataforma GitHub foi a primeira a anunciar medidas práticas parecidas para buscar uma linguagem neutra e inclusiva, mas consórcios e empresas também começaram a pensar em alterações.
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O que muda?
No caso do kernel de código aberto, em vez de "blacklist", a sugestão é utilizar "denylist" ou "blocklist", que têm o mesmo significado. Além disso, o termo "slave", que significa escravo, pode ser facilmente substituído por palavras como "secundário", "subordinado" ou "seguidor".
A ideia é que cada um dos termos ganhe uma série de sinônimos possíveis, para que os desenvolvedores saibam exatamente a que eles se referem — até por isso, é melhor evitar o uso de cores como vermelho e verde para comandos, por exemplo. Afinal, não há um consenso sobre o significado de cada uma delas. Na prática, isso não vai alterar em nada a experiência do usuário comum.
Segundo o site ZDNet, as modificações foram propostas pelo moderador Dan Williams no início de julho e já estão aprovadas pelo criador do Linux, Linus Torvalds. A ideia é que as aplicações não sejam todas atualizadas, pois isso demandaria muito trabalho. Programadores podem manter os termos antigos na manutenção de códigos já existentes.
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