O Ministério de Tecnologia e Informação da Índia anunciou nesta segunda-feira (29) que 59 aplicativos desenvolvidos por empresas chinesas estão banidos no país. A lista faz parte de um conjunto de normas que avaliam eventuais riscos que esses serviços trazem à nação.
O principal nome na lista dos aplicativos agora proibidos é o TikTok. A plataforma da ByteDance tem na Índia o seu maior mercado fora da China. Diversos aplicativos de empresas como Tencent, Baidu e Xiaomi — que depende bastante do mercado local no comércio de dispositivos móveis — também integram a seleção.
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Entre eles, estão serviços populares em todo o mundo, como o navegador UC Browser, o gerenciador de arquivos ES File Explorer, as plataformas sociais Weibo e WeChat, além do jogo Clash of Kings. Você pode conferir todos os serviços agora proibidos neste link.
A lista completa de apps banidos no país.Fonte: Government of India
De acordo com o governo, os motivos são vários. Todos os aplicativos foram classificados como ameaças em potencial, capazes de prejudicar soberania, integridade, defesa ou segurança do Estado, além da ordem pública. Preocupações a respeito da coleta de dados privados por parte dessas plataformas (e, consequentemente, envio dessas informações para servidores fora do país) também foram levantadas.
E agora?
Diversos órgãos de tecnologia do país teriam realizado estudos que comprovam os riscos desses apps de operarem por lá. O governo afirma que parte da população também pedia uma ação oficial a respeito de aplicativos que "ferem a soberania da Índia, assim como a privacidade dos cidadãos".
Recentemente, o governo do primeiro-ministro Narendra Modi chegou a cortar o acesso à internet de regiões que eram foco de protestos contra decisões políticas do Executivo. O país é o segundo maior mercado de celulares do mundo e foi escolhido, entre outros casos, para estrear o sistema de pagamentos do WhatsApp, mais tarde anunciado também no Brasil.
Os apps que fazem parte da lista estão proibidos tanto em plataformas móveis (Android e iOS) quando em qualquer dispositivo com acesso à internet, o que inclui navegadores. O comunicado oficial não detalhe como será o banimento, já que muitos usuários já têm os aplicativos instalados nos aparelhos.
Fontes