De acordo com uma pesquisa do Security Research Labs (SRLabs), as fabricantes de dispositivos Android têm liberado atualizações de segurança para sua cadeia de produtos com mais eficiência que há dois anos.
Em 2018, o SRLabs publicou um documento avaliando como as fabricantes estavam incorporando os patches de segurança mensais em seus dispositivos, revelando que várias delas abriam mão de algumas das atualizações. A notícia repercutiu na comunidade Android, e a Google resolveu investigar cada dispositivo que tinha sido reportado como “pendente de atualizações”.
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Ao final do ano seguinte (2019), os novos dados do SRLabs mostraram que houve uma evolução na liberação dos patches mensais.
Fonte: Android Pit/ReproduçãoFonte: Android Pit
Atualizações estão mais rápidas
O SRLAbs acompanhou versões oficiais de firmwares lançados em 2019 para determinar a velocidade com a qual as fabricantes incorporam os patches de segurança em seus aparelhos, após essas atualizações serem liberadas pela Google.
Os dados foram coletados a partir do app SnoopSnitch instalado nos dispositivos, que possibilitou ao SRLAbs identificar cerca de 10 mil compilações de firmware exclusivas com níveis de patch a partir de 2018, e outras 7 mil a partir de 2019.
O resultado da pesquisa revelou que o nível de patches de segurança perdidos caiu pela metade de um ano a outro. Em 2018, a taxa de patches perdidos (as atualizações que não foram incorporadas aos dispositivos) era de 0,7, considerando a média de perdas por OEM. Em 2019, essa taxa ficou abaixo de 0,4. Na contagem, entraram apenas as atualizações críticas e de alta gravidade.
Além da taxa de perdas ter sido reduzida, a velocidade de entrega das atualizações subiu 15%. A média de espera para a chegada dos patches, que era de 44 dias, passou para 38 dias.
Ecossistema Android continua fragmentado
A principal dificuldade que as fabricantes encontram para atualizar seus dispositivos é a fragmentação do ecossistema Android. Como uma nova versão do sistema é lançada a cada ano, juntamente com novos modelos de smartphones, o mercado acumula usuários com dispositivos que usam versões anteriores do SO.
Por isso, as OEMs que têm muitos modelos sendo comercializados, têm muito mais trabalho para liberar os patches para todos os usuários.