Desenvolvido pela Google, um projeto utilizou cães reais para ensinar um cão-robô a andar. Para isso, os pesquisadores utilizaram a tecnologia de captura de movimentos para registrar os animais andando, correndo e pulando.
Com essas informações, os engenheiros conseguiram criar um simulador para uma versão digital de um cão. Então, o algoritmo desenvolvido pode ser aplicado no “cachorro-robô” Laikago, criado pela empresa chinesa Unitree Robotics.
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O “robô cachorro” Laikago foi criado pela chinesa Unitree Robotics.Fonte: Spectrum/Reprodução
Por utilizar motores e não músculos, o robô age de uma forma diferente de um cão. Entretanto, o sistema criado pelos profissionais da Google consegue ser bem avançado. Desta forma, é possível reproduzir comportamentos muito parecidos com os animais reais.
Segundo os engenheiros, a forma de andar aprendida pelo Laikago com a captura de movimentos é mais rápida do que a versão inicial de fábrica. No entanto, ele ainda se move de forma instável e precisa de ajustes em seus mecanismos.
Independente disso, eles acreditam que o sistema compreendeu melhor as informações obtidas com os vídeos dos animais reais. Ou seja, não foram as longas linhas da programação original que “ensinaram” o robô a andar como um cão.
O robô foi batizado em homenagem à Laika, primeiro cão a ir ao espaço.Fonte: Robots.org/Reprodução
Um cão quase real
Uma matéria no site americano Wired revelou que a forma utilizada pela Google para aperfeiçoar a inteligência artificial é parecida com um adestramento real. Assim, movimentos aleatórios são simulados e o cão digital recebe recompensas se realizá-los corretamente como um cão de verdade. Se fizer incorreto, ele recebe um alerta para não repetir a ação.
Surpreendentemente, o algoritmo consegue recriar comportamentos naturais iguais aos cães. Apesar do Laikago não ter uma anatomia idêntica ao animal real, os pesquisadores já o observaram perseguindo o próprio rabo como um cachorro.
O próximo desafio dos engenheiros da Google é aplicar um sistema mais complexo em um experimento físico. No caso, os movimentos simulados com um robô real nem sempre são tão precisos como aplicados no mundo digital.
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