Lançado em 2001, o Windows XP é uma das versões mais populares da história do sistema operacional da Microsoft. A adesão ainda era tanta que, em abril deste ano, uma versão da plataforma ainda recebia suporte da empresa e até uma atualização de emergência foi enviada por causa do ransomware WannaCry. E, entre os fãs do bom e velho XP, está ninguém menos que o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Segundo o jornal The Guardian, fotos oficiais publicadas pelo Kremlin indicam que o político de 67 anos ainda utiliza o sistema operacional defasado da companhia norte-americana em ao menos dois escritórios: no próprio palácio do governo e em sua residência oficial, na região de Novo-Ogaryovo, próxima de Moscou.
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As imagens mostram a inconfundível barra de tarefas do sistema operacional no monitor, além de um papel de parede com as torres do Kremlin. Em uma das atividades, registrada no início de novembro, o presidente faz uma videoconferência. Segundo um jornal da oposição do país, o chefe de uma agência independente de proteção à internet na Rússia confirmou que é mesmo o Windows XP rodando nos PCs de Putin.
Qual o problema?
A escolha de Putin pela plataforma levanta ao menos duas questões. A primeira é a mais óbvia: o Windows XP já está extremamente defasado e deixou de receber atualizações convencionais de segurança há algum tempo, o que significa que ele pode não estar protegido contra ameaças recentes.
Além disso, está em jogo uma questão institucional: os órgãos públicos da Rússia estão atualmente substituindo serviços e produtos de empresas como a Microsoft por versões nacionais. No caso, o Windows está dando lugar ao Astra Linux — e era esperado que o presidente do país já adotasse a plataforma.
O porta-voz oficial da presidência não comentou o assunto.
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