Moradores de toda a China que comprarem um novo smartphone no país serão obrigados a passar por um registro de escaneamento de rosto para reconhecimento facial. De acordo com a AFP, a medida virou lei por motivos de segurança e passa a valer para todas as operadoras da região.
A partir de meios próprios, como inteligência artificial, as empresas terão que verificar e confirmar a identidade dos clientes na hora de entregar o aparelho — normalmente registrando o rosto e o movimento de piscada do consumidor.
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Esse novo dever começou a valer a partir de 1º de dezembro. Anteriormente, já era necessário entregar um documento de identificação no momento de ativação de um chip SIM de celular.
Segurança ou controle?
Segundo um porta-voz do órgão de tecnologia da informação na China, o objetivo é "resguardar os direitos legítimos e interesses dos cidadãos online", ou seja, criar uma camada adicional de proteção para evitar falsificações de identidade e ativação de uma linha telefônica usando o nome de outra pessoa.
Entretanto, críticos do governo enxergam essa medida como mais uma lei autoritária de vigilância contra a população — e outro exemplo de como as pessoas são vigiadas em absolutamente todas as atividades realizadas, inclusive sendo detectados por câmeras. Ainda segundo a AFP, um professor da região de Zheijiang processou um safari em novembro deste ano por também exigir escaneamento facial para a entrada no parque.
Vale lembrar que as cidades chinesas atualmente estão testando sistemas de "crédito social" que avaliam o cidadão com base em ações cotidianas. Além disso, até serviços como o mensageiro WeChat trazem informações cruzadas sobre a situação econômica do consumidor.
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