O Windows 10 tem sofrido por causa de bugs em suas versões mais recentes, e um antigo funcionário da companhia pode ter a explicação para isso. Jerry Berg, que trabalhou por 15 anos na Microsoft, revelou em seu canal do YouTube que a empresa mudou seus padrões de testes do OS nos últimos anos, e a alteração pode ter colaborado para mais falhas chegarem aos usuários finais.
De acordo com Berg, até 2015, a Microsoft contava com uma divisão com um grupo de funcionários para testar o sistema operacional e todas as builds que seriam liberadas para o público. A firma possuía computadores equipados com diferentes hardwares, fazia testes manuais e também utilizava ferramentas automatizadas para auxiliar na busca por problemas.
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Atualmente, porém, o sistema de controle de qualidade é diferente: Berg aponta que a companhia faz praticamente todos os testes do Windows 10 em máquinas virtuais, que não trazem diversidade de hardware.
Graças a isso, a empresa consegue encontrar problemas críticos com mais facilidade, mas acaba deixando passar algumas falhas específicas. Um exemplo disso é o recente bug encontrado no SO que afeta apenas quem utiliza o computador com métodos de digitação chineses.
Mais importância para o Windows Insiders
Devido à migração dos testes para máquinas virtuais, a Microsoft acabou praticamente extinguindo a divisão que contava com humanos para testar o Windows 10, segundo Berg. Com isso, apenas alguns funcionários contam com as versões do sistema em desenvolvimento em seus computadores para reportar eventuais bugs.
A principal saída para a empresa encontrar falhas mais específicas é o programa Windows Insiders, que permite aos fãs mais dedicados do SO testar as novidades antes de um lançamento mais abrangente.
O problema da nova metodologia, porém, é que a maioria dos usuários costuma relatar apenas bugs de grande porte, o que acaba tornando a chegada de códigos defeituosos ao público mais frequente, segundo o ex-funcionário.
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