O mensageiro corporativo Slack é atualmente uma das ferramentas mais utilizadas em todo o mundo. No mês passado, a companhia abriu seu capital na Bolsa de Valores de Nova York, com valor de mercado de US$ 23,1 bilhões e ações negociadas a US$ 38,62, bem acima dos esperados US$ 26 por papel. Embora o cenário pareça positivo, porém, analistas de mercado acreditam que dias sombrios vêm por aí para os investidores da empresa.
Segundo uma nova pesquisa divulgada pela firma ETR, o novo e maior rival do Slack, o Teams, da Microsoft, pode esmagá-lo da mesma forma que o Facebook fez com o Snapchat. Assim como no caso de Mark Zuckerberg, a gigante de Redmond tentou comprar o utilitário da concorrência e, quando ouviu alguns “não”, decidiu montar sua própria versão — equipada com toda a expertise e estrutura de uma titã da tecnologia.
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Fonte: Chanty/Reprodução
Você só pode reclamar direitos autorais de seus próprios códigos. Produtos como o Slack e o Microsoft Teams — ou Facebook e Snapchat — são criados em plataformas diferentes e a listagem provavelmente é distinta para cada um. Portanto, copiar recursos, programados de outras formas, ainda é considerado justo na indústria.
Gráficos mostram declínio do Slack e ascensão do Teams
De acordo com o levantamento da ETR, muitas companhias vêm reconsiderando suas opções para comunicação em ambiente de trabalho. Abaixo estão as respostas de 225 das maiores empresas privadas dos Estados Unidos sobre qual app planejam usar em breve:
Fonte: Vox/Recode/Reprodução
E aqui estão as respostas para qual dos softwares vêm deixando de ser utilizados nos últimos meses:
Fonte: Vox/Recode/Reprodução
Isso tudo vem reverberando nas ações do Slack, que chegaram a US$ 34,49, uma queda de 9,1%, pouco mais de um mês após seu IPO na Bolsa de Nova York. Por enquanto, a direção da companhia prefere não comentar.
Fonte: Vox/Recode/Reprodução
Microsoft se aproveita de sua grandeza
E como a gigante de Redmond vem minando a presença do rival? Bem, para começar, o Teams possui integração com toda a suíte Office 365, o que torna todas as atividades envolvendo o Word, o Excel e o OneDrive muito mais rápido e intuitivo. E o melhor: de graça. O Slack parte de US$ 4 e US$ 7,50 mensais por usuário ativo e cobra um preço bem mais alto por assinaturas periódicas de grupos com mais de 50 colaboradores.
Outra grande vantagem é o fato da Azure estar “voando”, com o perdão do trocadilho. É atualmente uma das maiores fontes de receita da Microsoft e várias organizações vêm levando suas redes para o serviço de nuvem, que já possui comunicação com o Office 365. Ou seja, estar com em um só lugar facilita bastante, especialmente com relação à segurança e monitoramento do número de inscritos.
Ainda não dá para saber exatamente se o Teams vai “matar” o Slack. Mas a Microsoft já começa a ameaçar o rival.
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