No início de junho, um vídeo mostrou que o projeto de rodar o sistema operacional Android no Nintendo Switch estava bem avançado, sendo possível até mesmo utilizar o aplicativo Steam Link para rodar jogos de PC no console portátil através de uma conexão Wi-Fi com seu computador.
Criada pelo desenvolvedor conhecido como ByLaws, essa versão do Android está sendo feita sem autorização da Nintendo e ainda não tem um arquivo de instalação disponível publicamente. Apesar disso, o site XDA Developers obteve acesso antecipado à novidade e revelou mais detalhes sobre o funcionamento dela, além de publicar novas imagens com o sistema rodando.
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De acordo com o site, todos os principais aplicativos que disponibilizam vídeos, séries, filmes e músicas funcionaram normalmente. A experiência ao executar Netflix, Spotify, Twitch ou YouTube era basicamente igual à encontrada em qualquer tablet Android. Ainda segundo o site, a versão do Android apresentou algumas falhas durante o uso, mas nada que não parecesse ser facilmente corrigível em atualizações futuras.
Já em relação aos jogos disponíveis para Android, os problemas de compatibilidade foram maiores. O XDA Developers afirma que PUBG Mobile rodava bem com os gráficos no modo balanceado, mas os Joycons – os controles nativos do Switch – não funcionavam e não era possível selecionar as qualidades de imagem mais altas.
Switch rodando jogos de Nintendo DS e SNES
Entrando no campo dos emuladores, o DraStic rodou normalmente jogos de Nintendo DS, inclusive com os Joycons operando sem problemas. O site também testou uma cópia de The Legend of Zelda: A Link to the Past rodando no Snes9x através do front-end RetroArch e o jogo funcionou perfeitamente. Já no caso de Pokémon LeafGreen, lançado originalmente para o Game Boy Advance, os Joycons paravam de funcionar quando eram conectados simultaneamente.
Embora o arquivo de instalação não esteja disponível publicamente, o desenvolvedor confirmou que não será preciso fazer modificações no software do Switch para rodar o Android. O sistema operacional do Google será executado diretamente de um cartão SD, o que significa que basta tirar o cartão para voltar a ter acesso ao sistema nativo do Switch com sua conta da Nintendo intacta.
Algumas limitações do console – como a falta de câmera, microfone e GPS – inevitavelmente impedirão que alguns aplicativos e jogos específicos rodem normalmente no sistema. Mas para quem está interessado em jogos mais tradicionais lançados para o Android ou mesmo em emulação de consoles antigos, a iniciativa parece ser interessante.
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