A Polícia Federal solicitou ao WhatsApp os números de telefone celular por trás de esquemas de disparos em massa de mensagens durante estas eleições. A PF quer saber, ainda, de quais aparelhos foram enviadas as mensagens e quais os conteúdos distribuídos a fim de identificar, por exemplo, se eles eram benéficos ou prejudiciais aos candidatos envolvidos na disputa.
A ação faz parte de inquérito instaurado pela PF após a Folha ter revelado um suposto esquema de R$ 12 milhões financiado por empresários para beneficiar Jair Bolsonaro (PSL) em detrimento de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial de 2018.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
PF pediu ajuda ao WhatsApp para solucionar possíveis crimes eleitorais.
Segundo a Folha, apesar da iniciativa, nos bastidores da PF o clima é de pouco otimismo sobre a possível ajuda que o WhatsApp será capaz de prestar aos investigadores. Isso porque em outros casos semelhantes o mensageiro já alegou não ter como identificar o conteúdo compartilhado por seus usuários graças à criptografia de ponta a ponta utilizada no app.
Ainda segundo a publicaçõa, a PF deve concentrar esforços em investigar empresas responsáveis por oferecer serviços de disparo em massa de mensagens, como as quatro citadas pelo jornal — Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Market.
A doação de dinheiro a campanhas eleitorais por parte de empresas é proibida no Brasil e doações não declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) configuram “caixa 2”. O caso denunciado pela Folha envolveria a campanha de Jair Bolsonaro nesses dois crimes eleitorais.
Categorias