Durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook realizada na última sexta-feira (12), o candidato à presidência Jair Bolsonaro disse que, caso seja eleito, vai lutar para reverter a mudança no limite de encaminhamento de mensagens feita pelo WhatsApp. Desde agosto, o aplicativo diminuiu no Brasil o limite no reenvio de conteúdo de 250 para um máximo de 20 pessoas como forma de combater boatos e notícias falsas.
“Quem não ficou chateado quando o WhatsApp aqui, dizendo que era para combater o crime de ódio, em vez de você passar mensagens para duzentas e poucas pessoas passou para vinte? Vamos lutar para que volte ao que era antes”, disse Bolsonaro no vídeo em que aparece acompanhado do deputado federal eleito Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL).
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Apesar da promessa, o candidato não esclareceu como pretende realizar essa mudança. Especialistas ouvidos pelo UOL Tecnologia acreditam que não seria possível fazer uma regulação do tipo que afete apenas os serviços de uma empresa em específico. Uma maneira seria criar uma medida mais ampla, que proibisse a limitação de compartilhamento em qualquer rede social ou mensageiro, por exemplo.
Embora tenha reduzido o reenvio de mensagens, ainda existem outras formas de compartilhar o mesmo conteúdo com centenas de pessoas simultaneamente no WhatsApp. Isso é possível através das listas de transmissão ou da criação de grupos nos quais apenas os administradores têm permissão para enviar mensagens.
Essa mudança foi implementada pelo WhatsApp primeiro na Índia, ainda em julho deste ano, quando, de acordo com a polícia local, uma série de casos de linchamentos aconteceram no país motivados por informações falsas compartilhadas na rede. Na época, o mensageiro também comprou anúncios de página inteira em diversos jornais do país com dicas de como descobrir se uma mensagem é verdadeira ou não.
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