Um algoritmo treinado por um grupo de pesquisadores brasileiros promete ajudar as plataformas a desenvolver filtros parentais antipornografia mais sofisticado que os atuais. Quatro estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul têm usado a inteligência artificial para reconhecer fotos de mulheres nuas e substituí-las por biquínis virtuais.
O projeto usa uma rede neural com deep learning e aprendizado de máquina, alimentada por cerca de 2,5 mil imagens de mulheres nuas ou de biquíni. É a partir dessa base que a máquina usa suas referências para detectar a pornografia e editar a imagem. A ideia é propor um tipo de “peneira” que realiza esse trabalho rapidamente e apresenta o resultado antes que o conteúdo original seja visualizado pelo usuário.
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"Idealmente, seria desejável haver um método que censurasse conteúdo sensível de maneira não-intrusiva, para que o usuário não perceba a nudez” que havia na imagem antes do filtro agir, diz um trecho do estudo. Uma próxima versão, aprimorada, prevê a possibilidade de varredura também para a nudez masculina.
Como dá para notar, o sistema ainda não cobre com total precisão e em alguns casos a cobertura fica meio fora do corpo — mas isso deve funcionar melhor ao longo do tempo. Além desse levantamento, o núcleo de IA da PUC-RS vem treinando algoritmos para identificar doenças em fotos de exames médicos, assim como a recuperação de material perdido envolvendo manipulação de imagens.
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