A China tem investido muito em sistemas de monitoramento e vem surpreendendo quando o assunto é vigilância em massa, tanto que o sistema de reconhecimento facial já é uma realidade comum por lá. Agora, segundo informações, nos últimos meses mais de 30 agências militares e governamentais implantaram, em pelo menos cinco províncias do país, drones de monitoramento que se assemelham a pássaros.
Antes de entrarem em operação, foram realizados quase 2 mil voos de teste nos últimos anos, pelo programa secreto de espionagem chinesa baseado em aves robóticas, batizado de “Dove”, liderado pelo professor da Universidade Politécnica do Noroeste, em Xian, Song Bi Feng — que já foi cientista responsável por outro programa do governo, o J-20 Stealth Jet.
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Pesando cerca de 200 gramas e medindo 50 centímetros, esse drone-ave pode alcançar até 40 km/h por até 30 minutos. Além disso, entre suas vantagens está o fato de não utilizar asas fixas ou lâminas conectadas a um rotor, mas sim asas flexíveis que imitam de forma quase perfeita a vibração de um pássaro de verdade, possibilitando que ele suba, desça e gire no ar.
Segundo o membro da equipe de Bi Feng, Yang Wenqing, a tecnologia está sendo usada em pequena escala. "Acreditamos que ela tem um bom potencial para uso em larga escala no futuro, com vantagens únicas para atender à demanda de drones nos setores militar e civil", explicou.
Cada drone-pássaro conta com uma câmera de alta definição com capacidade de fazer vídeos ou fotos, uma antena GPS, sistema de controle de voo e conexão via satélite para enviar as informações em tempo real. E, de acordo com a equipe que desenvolve o sistema, já está sendo trabalhada a ideia de adicionar penas para deixar o aspecto ainda mais real, além de um sistema de inteligência artificial que ajudaria a fazer voos mais complexos, perseguições a pessoas específicas e até mesmo tomar decisões independentes em pleno ar.
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