Cientistas desenvolveram uma ferramenta que utiliza inteligência artificial para visualizar as estruturas dentro de uma célula, mesmo que só se tenha imagens de seu exterior. A Allen Integrated Cell, disponível gratuitamente online, cria imagens 3D que podem auxiliar os pesquisadores a compreender melhor o desenvolvimento de uma doença.
Essa ferramenta foca em células-tronco, aquelas que ainda não se diferenciaram para dar origem a um determinado tecido. Segundo Greg Johnson, cientista do Instituto Allen, se entendermos melhor o funcionamento interno de uma célula saudável, poderemos compreender o que há de errado em uma célula cancerígena, por exemplo; “isso nos permite retroceder no tempo e observar a evolução da doença, e, com isso, possibilitará o diagnóstico em um estágio inicial”, ele complementa.
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Primeiro, os cientistas criaram células cujas estruturas internas (como as mitocôndrias) brilham. Então, eles tiraram milhares de fotos e inseriram em uma máquina que desenvolveu um algoritmo capaz de prever a forma e a localização de cada estrutura em qualquer célula.
Existem outras formas de estudar essas minúsculas unidades. O tipo mais simples e barato é a microscopia em campo claro, que, de acordo com Johnson, é como olhar para a água da lagoa através de um microscópio; obtém-se uma imagem muito brilhante com alguns pontos escuros, que são estruturas internas. Não há muitos detalhes, o que dificulta entender a complexidade da célula. Outros métodos envolvem o tingimento das organelas, mas o custo é elevado, e elas se deterioram rapidamente.
Portanto, a criação desse novo método de obter imagens é importante, porque permitirá que os pesquisadores as estudem de maneira mais eficaz e barata. Johnson diz: "isso significa que podemos produzir muitas imagens e observar a dinâmica das organelas por um período longo, o que não era possível anteriormente”.
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