Quando a Siri estreou no iPhone 4, em 2011, profissionais e consumidores esperavam que ela tomaria a frente entre as assistentes digitais que estavam entrando no mercado. Desde então, a Apple viu a concorrência da Google,Amazon e até da Microsoft ultrapassar seu produto — que ainda tem dificuldade em quesitos básicos de reconhecimento vocal. Mas o que aconteceu no meio do caminho? Normal Winarsky, cofundador da Siri, afirma que a culpa foi do direcionamento dado pela Maçã à plataforma.
Winarsky, que vinha trabalhando em sua criação quando a vendeu para a Gigante de Cupertino em 2010, disse que o ideal seria trabalhar primeiro com a Siri em alguns pontos focais em que ela vai bem, ao invés de distribuir sua atuação em tantos itens que ela não desempenha direito. Ela é boa para agendar lembretes, checar as condições climáticas, enviar textos e outras tarefas como essas.
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Mas sua inteligência preditiva é fraquinha, assim como sua sugestões, e ela também não é conhecida por dialogar de forma intuitiva. Winarsky lembra que a Siri vinha sendo desenvolvida para atender como um concierge virtual para turismo e entretenimento — como encontrar passagens alternativas e hoteis baratos na região no caso de cancelamento de um voo. Coisas que o Google Assistente, por exemplo, já demonstra melhor desempenho.
"Estes são problemas difíceis de resolver e quando você é uma empresa lidando com um bilhão de pessoas, os problemas ficam mais difíceis ainda. Eles provavelmente estão procurando um nível de perfeição que não conseguem”, comenta Winarsky. Agora, fica a esperança de que a Apple mostre alguma surpresa nesse sentido no evento para desenvolvedores Apple Worldwide Developers Conference (WWDC), em junho.
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