A China e os Estados Unidos vêm competindo já há alguns anos no ramo da inteligência artificial (IA), em uma corrida que muitos comparam com a “Guerra Fria”. E uma nova pesquisa, realizada pela firma de análise de tecnologia CB Insights, coloca mais lenha nessa fogueira: os números mostram que os orientais superam os ianques em 48% a 38% quando se fala em investimentos em startups do setor em 2017.
Impulsionada pela imensa quantidade de dados de um população de quase 1,4 bilhão de habitantes, a China conta com apoio governamental para essa área, enquanto os Estados Unidos alimentam um mercado de menor movimento atualmente. Além disso, a regulamentação menos rígida favorece um cenário em que suas empresas possam experimentar com mais liberdade.
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Em termos de volume de negócios individuais, contudo, os americanos seguem na frente, com liderança absoluta em quantidade de projetos, enquanto os chineses detêm apenas 9%. E no total, contabilizando todos os anos, os ocidentais continuam também no topo.
Liderança chinesa também vem com maior perda de privacidade
O avanço agressivo da China para se tornar uma “superpotência da IA” traz suas consequências para a população. Enquanto o reconhecimento facial vai se tornando onipresente em todo o país, incluindo a identificação de pedestres e até mesmo em máquinas de reposição de produtos, o governo também segue aumentando o monitoramento e rastreamento de pessoas — o que é duramente criticado nos Estados Unidos.
Outro aspecto que chama a atenção é a multiplicação de chips para alimentar o aprendizado das máquinas. Novas empresas, como a Cabricom, arrecadaram até US$ 100 milhões na temporada passada. Ainda assim, quando se fala em companhias consolidadas, os norte-americanos são líderes por conta da presença de fabricantes do quilate da Qualcomm, da Nvidia e da Intel.
Julgar um “vencedor” nessa disputa nesse momento seria de certa forma injusto. Por outro lado, a comparação é válida para destacar a possante escalada chinesa no desenvolvimento da IA nesta década.
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