De acordo com John Cryan, CEO do Deutsche Bank, uma grande parte da força de trabalho da sua instituição financeira poderia ser substituída por tecnologias como Inteligência Artificial e Machine Learning. Ele indica que a automatização de tarefas bancárias por esse tipo de software poderia cortar pela metade o número total de funcionários do banco, que hoje chega a 97 mil pessoas ao redor do mundo.
Cryan está promovendo uma grande reestruturação do banco e já demitiu uma boa quantidade de pessoas a fim de “simplificar sua operação”. Em uma entrevista para o Financial Times, ele explicou que as atividades do Deutsche Bank são muito manuais e passíveis de erro humano. Cryan justifica essa diminuição da força de trabalho afirmando que seus principais concorrentes operam com basicamente a mesma quantidade de investimentos e possuem cerca de 50% menos funcionários.
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Com a expansão das fintech pelo mundo, as grandes instituições estão se vendo pressionadas a automatizar tudo o que for possível para cortar custos
Mas não é só o Deutsche Bank que está passando por problemas similares. Muitos outros grandes bancos de investimento, bem como bancos comerciais comuns, estão registrando altos custos de operação e, por isso, cobram mais taxas de seus clientes. Com a expansão das fintech pelo mundo, as grandes instituições estão se vendo pressionadas a automatizar tudo o que for possível para cortar custos. A diferença entre o Deutsche Bank e essas outras instituições é que seus CEOs não falam abertamente sobre essa situação.
Segundo uma pesquisa da Greenwich Associates, 75% das empresas do setor financeiro vão explorar ou implementar ferramentas de Inteligência Artificial em breve. O mesmo estudo também afirma que 15% dos empregos desse setor estão em risco por conta disso.
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